São Paulo, terça-feira, 08 de agosto de 2006

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Petista afirma que falta de segurança o levou a cancelar evento da campanha

DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato petista ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, creditou aos novos ataques do PCC a decisão de cancelar atividade de campanha que faria ontem na periferia da capital paulista.
O senador participou apenas de uma entrevista no rádio pela manhã, quando aproveitou para criticar a política de segurança pública. "São 1.741 homicídios no segundo semestre deste ano. É mais que a guerra do Líbano", disse ele, mais de uma vez, em entrevista dada à rádio CBN.
Ainda nas críticas à política do secretário Saulo de Castro Abreu Filho (Segurança), o petista afirmou que o Estado está em "colapso completo", com uma polícia mal aparelhada e remunerada e disser ver como "indispensável" uma parceria de São Paulo com o governo federal. "É necessário fazer uma força-tarefa nacional hoje, para enfrentar essa tragédia que abate sobre o nosso Estado."
O petista repetiu também que a polícia em São Paulo não trabalha com a inteligência, mas sim de forma "reativa" -espera ocorrer os problemas para só depois reagir.
Mais tarde, à Folha, o candidato afirmou que cancelou a visita que faria na Vila Prudente, zona leste da capital, para não colocar em risco os simpatizantes do partido. "O que não me falta é coragem. Achei sem sentido expor a militância. É questão de prudência", disse ele, que acrescentou não ver prejuízo na campanha em razão de "duas horas" perdidas.
Mercadante afirmou ainda que a Secretaria de Segurança Pública também deveria ter cancelado a cerimônia de entrega de carros da polícia realizada ontem, no Pacaembu, e ter colocado as patrulhas de imediato nas ruas para mostrar força. "Acho um erro fazer que nada está acontecendo." (RP)


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