São Paulo, sexta-feira, 08 de setembro de 2006

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Candidatos, bonecos e carneiros pegam carona em desfile

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Candidatos às eleições de outubro aproveitaram a concentração de cerca de 30 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios para promover uma grande panfletagem. Havia desde cabos eleitorais, tendas, faixas, bonecos e até três "carneiros", que pediam votos a um candidato de sobrenome Carneiro.
Um dos que dispensaram intermediários, fazendo campanha por conta própria, foi o empresário que comandava o restaurante da Câmara, Sebastião Buani (PT do B-DF), pivô da denúncia que levou o ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP-PE) a renunciar ao mandato no final de 2005.
A panfletagem contemplou também os presidenciáveis. A campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva distribuiu papéis sobre o projeto "Economia Solidária", que traziam a foto do candidato, seu número e a estrela do PT. Nas arquibancadas, alguns espectadores tinham camisetas do partido.
Bandeiras da candidatura do tucano Geraldo Alckmin e cartazes do pedetista Cristovam Buarque também foram vistos. Já as bandeiras do Brasil eram vendidas a R$ 1 cada.
Bonecos gigantes imitando os candidatos, semelhantes aos usados no Carnaval de Olinda, foram vistos às dezenas. "São 50 quilos de peso. O máximo que a gente agüenta segurar é uma hora", afirmou Francisco Hélio Pereira Lima, 29, que era "o corpo" dentro do boneco de Apolinário Rebelo (PC do B), irmão do presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), e candidato a deputado distrital. Lima disse receber R$ 700 para trabalhar até a eleição.
No palanque presidencial, ao lado de ministros e autoridades, também estava a menina Amanda Almeida, 1, portadora de síndrome de Down. Filha de funcionária da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, ela foi convidada pelo próprio presidente. O tema vem sendo abordado na novela da TV Globo, "Páginas da Vida".
Em entrevista, ao comentar a troca de acusações da campanha eleitoral, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) cometeu um ato falho, mas depois se corrigiu, ao dizer que a eleição termina no dia 1º de outubro -data do primeiro turno.
Sobre um eventual segundo turno, ela afirmou: "Acho que pode ter e pode não ter".


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