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Candidatos, bonecos e carneiros pegam carona em desfile
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Candidatos às eleições de outubro aproveitaram a concentração de cerca de 30 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios para promover uma grande
panfletagem. Havia desde cabos eleitorais, tendas, faixas,
bonecos e até três "carneiros",
que pediam votos a um candidato de sobrenome Carneiro.
Um dos que dispensaram intermediários, fazendo campanha por conta própria, foi o empresário que comandava o restaurante da Câmara, Sebastião
Buani (PT do B-DF), pivô da
denúncia que levou o ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP-PE) a renunciar ao
mandato no final de 2005.
A panfletagem contemplou
também os presidenciáveis. A
campanha do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva distribuiu
papéis sobre o projeto "Economia Solidária", que traziam a
foto do candidato, seu número
e a estrela do PT. Nas arquibancadas, alguns espectadores tinham camisetas do partido.
Bandeiras da candidatura do
tucano Geraldo Alckmin e cartazes do pedetista Cristovam
Buarque também foram vistos.
Já as bandeiras do Brasil eram
vendidas a R$ 1 cada.
Bonecos gigantes imitando
os candidatos, semelhantes aos
usados no Carnaval de Olinda,
foram vistos às dezenas. "São
50 quilos de peso. O máximo
que a gente agüenta segurar é
uma hora", afirmou Francisco
Hélio Pereira Lima, 29, que era
"o corpo" dentro do boneco de
Apolinário Rebelo (PC do B), irmão do presidente da Câmara,
Aldo Rebelo (PC do B-SP), e
candidato a deputado distrital.
Lima disse receber R$ 700 para
trabalhar até a eleição.
No palanque presidencial, ao
lado de ministros e autoridades, também estava a menina
Amanda Almeida, 1, portadora
de síndrome de Down. Filha de
funcionária da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, ela
foi convidada pelo próprio presidente. O tema vem sendo
abordado na novela da TV Globo, "Páginas da Vida".
Em entrevista, ao comentar a
troca de acusações da campanha eleitoral, a ministra Dilma
Rousseff (Casa Civil) cometeu
um ato falho, mas depois se
corrigiu, ao dizer que a eleição
termina no dia 1º de outubro
-data do primeiro turno.
Sobre um eventual segundo
turno, ela afirmou: "Acho que
pode ter e pode não ter".
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