DA REDAÇÃO

O Dia da Independência dominou ontem os programas eleitorais dos principais presidenciáveis no rádio e na TV. Enquanto Luiz Inácio Lula da Silva usou o tema para fazer propaganda da sua política externa na televisão, Geraldo Alckmin criticou veladamente o petista. No rádio, Lula disse que o país tem muitos motivos para comemorar, e o tucano, que o "Brasil está sem rumo".
À noite, Alckmin começou falando que é hora de "mudança na economia" -sem dizer qual- para criticar o adversário. Falou de corrupção e de impostos. "Independência no Brasil hoje é o governo dar o exemplo da seriedade. É ter pulso e comando para formar equipe, não roubar e não deixar roubar. E não fazer de conta que não viu nada quando se rouba na sala ao lado", disse.
Em seguida, falou em educação, mostrando números do que fez em São Paulo.
Já Lula dedicou seu programa noturno para exaltar a "independência nas relações internacionais", em petróleo e do FMI. Seu locutor falou da relação com Estados Unidos, Japão e União Européia, Guerra no Iraque, Mercosul, combate à fome, Haiti, OMC e mais.
O petista, apresentado como "um dos chefes de Estados mais respeitados do mundo", afirmou que governantes anteriores eram tímidos ao elogiar os produtos do país lá fora e se disse um "garoto-propaganda do que o Brasil produz".
No final, sua propaganda da TV terminou com "viva o Brasil, viva o povo brasileiro".

No rádio
Depois de Lula dizer, no rádio, que o país tinha "força e maturidade para andar com as próprias pernas", o tucano rebateu afirmando que o Brasil "é como um barco sem direção". Seu programa lembrou a recente crise com a Bolívia.
"Ele [Lula] não diz por que deixou o Brasil ser humilhado no caso do gás da Bolívia. (...) Lula, do PT, não fez nada, absolutamente nada, nem antes nem depois da humilhação. E ainda disse que os bolivianos tinham razão."
(MICHELE OLIVEIRA)

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