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JANIO DE FREITAS
Fonte de decisão
É mais do que provável, nos adeptos de Heloísa, farta maioria de quem se horrorize com a idéia de volta do PSDB
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AO LADO DAS surpresas que o
primeiro turno proporcionou, tudo indica que o segundo plantará uma boa ironia, com pitadas fortes de castigo. A Heloísa
Helena que, tão logo conhecido o
resultado presidencial, partiu em
fúria (precisaria dizê-lo?) contra a
possibilidade de apoio do seu PSOL
a Lula, já desponta como o manancial de votos mais decisivo para a
possível vitória de um dos disputantes. Lula.
Com os 50% que o primeiro Datafolha deste turno lhe atribui, Lula
volta ao índice com que fechou
agosto, graças à recuperação de cerca de 1,5% da sua perda verificada
nas urnas. Durante a semana passada não houve atos de efeito propagandístico por parte de Lula, logo, o
acréscimo que já obteve foi espontâneo. E que eleitorado teria a tendência de fazê-lo com tanta presteza, senão o que foi levado às urnas
do primeiro turno por Heloísa Helena?
O PT e Lula têm inclinações extravagantes a respeito de eleição
presidencial. Se não as praticarem,
a ele basta recuperar o mesmo que
obteve nos últimos dias, para retornar ao seu melhor índice, constatado no início de setembro. Será o suficiente até para resguardar-se da
margem de erro eventualmente
contrária. Um quarto dos 6,85% de
Heloísa Helena no primeiro turno
já faz tal proeza. E, convenhamos, é
mais do que provável, nos adeptos
de Heloísa Helena, farta maioria de
quem se horrorize com a idéia de
volta do PSDB ao poder.
Altos e baixos
Como esperável, assim que voltou
a Brasília o senador Antonio Carlos Magalhães entregou-se a um
discurso, isto é, a uma agressão
verbal a Lula. Para Antonio Carlos,
a vingança não é prato que se espere esfriar. Ainda mais com o dossiê-sanguessuga tão fresquinho
nas manchetes. Antonio Carlos fez
até uma revelação espantosa: um
nome novo entre os "criminosos
do PT", nada menos que um dos
chefões. Fred Suter. Pasmo. Ninguém imaginaria isso.
O colunista social Fred Suter,
com o estilo comum à maioria dos
colunistas sociais, fez uma nota esclarecedora. O senador queria dizer Freud Godoy e atacou de Fred
Suter: "Foi um alto falho". Ou foram dois baixos, um de cada.
Feita a sua afirmação de que
"Mário Covas está se removendo
na tumba", a candidata Denise
Frossard removeu depressa seu
rompimento com Alckmin. Mas
não remoeu uma explicação convincente. O casal Garotinho não foi
a Alckmin por iniciativa sua. E a reviravolta de Frossard não foi porque Alckmin atribuísse o encontro
ao casal, mas porque o deputado
Roberto Freire, presidente do PPS
de Frossard, exigiu dela o recuo no
rompimento induzido por Cesar
Maia.
Com a mesma pressa, Denise
Frossard dizia à CBN antes do primeiro turno: "Segurança é questão
de informação e balística. E eu tenho informação e balística". Ainda
não se sabe se a candidata queria
dizer logística ou se prometia segurança a poder de canhão. Aguardemos para saber se foi "alto falho".
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