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"A Ordem é política, mas não pode ser partidária", diz Barbosa
FOLHA - Por que o sr. é candidato?
HERMES BARBOSA - Neste momento em que o advogado está
sendo desrespeitado e vilipendiado, queremos dar um choque de gestão e fazer com que a
Ordem se aproxime mais dos
advogados.
FOLHA - Qual é o número recomendável de mandatos sucessivos?
HERMES BARBOSA - Um. Tem de
haver alternância, nem que seja
para piorar. Não se discute aqui
se a administração é boa ou
ruim, o que importa é o princípio. O presidente atual está
com a pretensão inaceitável de
um terceiro mandato.
FOLHA - Quanto vai custar a sua
campanha e quem a financia?
BARBOSA - A minha campanha é
pobre. Quem financia são nossos colegas de chapa. Estamos
trabalhando no corpo a corpo e
usando a internet. Estimo que
vai estar em torno de R$ 400
mil a R$ 500 mil. Certamente
não custará um quarto da campanha dos nossos adversários.
FOLHA - Em quais questões políticas a OAB-SP deve se envolver?
BARBOSA - A Ordem é eminentemente política, mas não pode
ser partidária. Tem que se envolver com todas as questões
políticas que digam respeito à
população. Quando você ouviu
falar de uma ação das comissões de direitos humanos, meio
ambiente ou de prerrogativas?
FOLHA - Como o sr. analisa as críticas à formação dos advogados?
BARBOSA - O advogado tem que
estar bem preparado. A Escola
Superior de Advocacia foi criada para reciclar, melhorar a
qualidade do advogado, mas estão querendo transformá-la em
outra faculdade de direito.
FOLHA - Como contribuir para diminuir a duração dos processos?
BARBOSA - Precisamos discutir
a independência financeira do
Poder Judiciário. O Judiciário
paulista vive hoje de chapéu na
mão em relação ao governo.
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