São Paulo, domingo, 08 de novembro de 2009

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"A Ordem é política, mas não pode ser partidária", diz Barbosa

FOLHA - Por que o sr. é candidato?
HERMES BARBOSA -
Neste momento em que o advogado está sendo desrespeitado e vilipendiado, queremos dar um choque de gestão e fazer com que a Ordem se aproxime mais dos advogados.

FOLHA - Qual é o número recomendável de mandatos sucessivos?
HERMES BARBOSA -
Um. Tem de haver alternância, nem que seja para piorar. Não se discute aqui se a administração é boa ou ruim, o que importa é o princípio. O presidente atual está com a pretensão inaceitável de um terceiro mandato.

FOLHA - Quanto vai custar a sua campanha e quem a financia?
BARBOSA -
A minha campanha é pobre. Quem financia são nossos colegas de chapa. Estamos trabalhando no corpo a corpo e usando a internet. Estimo que vai estar em torno de R$ 400 mil a R$ 500 mil. Certamente não custará um quarto da campanha dos nossos adversários.

FOLHA - Em quais questões políticas a OAB-SP deve se envolver?
BARBOSA -
A Ordem é eminentemente política, mas não pode ser partidária. Tem que se envolver com todas as questões políticas que digam respeito à população. Quando você ouviu falar de uma ação das comissões de direitos humanos, meio ambiente ou de prerrogativas?

FOLHA - Como o sr. analisa as críticas à formação dos advogados?
BARBOSA -
O advogado tem que estar bem preparado. A Escola Superior de Advocacia foi criada para reciclar, melhorar a qualidade do advogado, mas estão querendo transformá-la em outra faculdade de direito.

FOLHA - Como contribuir para diminuir a duração dos processos?
BARBOSA -
Precisamos discutir a independência financeira do Poder Judiciário. O Judiciário paulista vive hoje de chapéu na mão em relação ao governo.


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