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Governo vai filtrar incentivo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para votar a reforma tributária
na Comissão de Constituição e
Justiça do Senado nesta quarta-feira, o governo terá de negociar
uma seleção dos incentivos fiscais
que serão concedidos pelos Estados até o fim da guerra fiscal, o
que deve ocorrer com a promulgação da emenda que trata do assunto. O prazo de validade desses
incentivos também será discutido. O líder do governo, senador
Aloizio Mercadante (PT-SP), disse ser favorável a um "filtro" para
os incentivos.
Os parlamentares tiveram sessões no Senado no sábado e ontem para que fossem contados os
prazos necessários para a tramitação das reformas, os chamados
interstícios regimentais.
O líder do PMDB no Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL),
disse que foi o ministro Antonio
Palocci Filho (Fazenda) quem defendeu a volta do texto original.
Nesse texto, não há filtro e a validade dos incentivos seria regulada por uma lei complementar.
"A Câmara dos Deputados definiu que o prazo máximo de validade dos incentivos será de 11
anos. O Senado não pretende alterar esse prazo que já foi acordado
com os governadores", afirmou
Mercadante. Ele admitiu, porém,
que a questão dos incentivos é o
único ponto que ainda está em
aberto na reforma.
O líder do governo disse que os
incentivos concedidos até o final
deste ano deverão passar por uma
seleção porque o governo está
criando o Fundo de Desenvolvimento Regional em contrapartida
ao fim da guerra fiscal.
Cofins
Hoje, Mercadante participa de
reunião com lideranças da Câmara para discutir a tramitação da
MP que tornará a Cofins (Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social) não-cumulativa. Ela deixará de incidir em todas
as fases da produção.
As sessões de sábado e domingo
foram consideradas um sucesso
pelo governo. Ontem, foram 24
dos 81 senadores. Eram necessários apenas seis para abrir os trabalhos.
(SÍLVIA MUGNATTO)
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