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O PUBLICITÁRIO
Para relator, empresário adultera provas
CPI recomenda prisão de Valério à PF; procurador-geral descarta
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A CPI dos Correios pediu ontem à Polícia Federal, pela segunda vez, a prisão preventiva do publicitário Marcos Valério de Souza por suposta obstrução das investigações. Ele estaria modificando a contabilidade de suas
empresas, alterando documentos
e destruindo provas. Também pela segunda vez, o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, descartou a medida no momento. Ele é o responsável por pedir a prisão ao STF
(Supremo Tribunal Federal).
O procurador criticou os pedidos de prisão preventiva, demonstrando que, por ora, os considera inoportunos. "Essa questão de "tem de prender, tem de
prender" cria um clima ruim para
o andamento do processo." Após
um jornalista sugerir que o objetivo da CPI é apenas criar fatos jornalísticos, disse que "isso [pedido
de pisão] dá notícia de jornal".
O pedido foi feito pelo relator da
CPI, deputado Osmar Serraglio
(PMDB-PR), e pelo relator-adjunto, deputado Eduardo Paes
(PSDB-RJ), ao delegado da PF
Luiz Flávio Zampronha. "A sugestão da CPI não importa, é irrelevante", afirmou o procurador-geral. Ele disse que não tem elementos suficientes no inquérito
para pedir a prisão.
Em julho, a CPI pediu a prisão
do publicitário, motivada por
operação da Polícia Civil de Minas Gerais, que apreendeu mais
de 2.000 notas fiscais da agência
DNA, que estavam sendo queimadas na casa do irmão de Marco
Prata, contador do publicitário.
Na ocasião, o presidente do
STF, Nelson Jobim, negou pedido
apresentado pela PF sob justificativa de que ele deveria ter sido feito pela Procuradoria Geral da República -esta, por sua vez, disse
que precisava de mais provas.
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