São Paulo, quinta-feira, 08 de dezembro de 2005 |
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TODA MÍDIA Nelson de Sá Movimentação
Jovem Pan, Bandeirantes e
CBN falaram pela manhã
com Lula. E muito da cobertura,
no resto do dia, foi repercussão
da longa entrevista. Ao que interessa. Em análise de imediato na CBN, Franklin Martins apontou a definição do discurso eleitoral: - Lula sendo candidato, e eu não tenho dúvida de que vai ser, o carro-chefe da campanha é a economia, se for um bom ano, e a área social, com Bolsa-Família, aumento real do salário mínimo -e tudo isso melhorando as condições de vida das camadas pobres. Vai ser o discurso. E é a síntese da entrevista. À noite, na Record, o âncora Boris Casoy acrescentou: - Esta foi séria, inclusive com jornalistas refutando. Assim mesmo, com os costumeiros exageros, Lula se comunica muito bem e aproveitou todas as perguntas para promover o seu governo. E a sua reeleição. Nos blogs, Jorge Moreno falou de José Dirceu no palanque, de uma eventual anistia posterior à eleição, registrando até um suposto apoio da "oposição". De outra parte, disse que para "alguns" a reunião ministerial do dia 19 é a última. Saem para a campanha. Josias de Souza postou que "Lula marcou a data" para se lançar à reeleição, "entre o fim de fevereiro e início de março". Ele estaria "preocupado com a desarticulação da candidatura", quanto aos apoios de outros partidos, e "espantado com a movimentação de José Serra, que já detalha os entendimentos com o PFL". Daí o PMDB, para o qual Lula oferece "a vaga de vice". Mas "o diálogo com a cúpula governista encontra-se interditado por uma picuinha" -a nomeação do indicado de Renan Calheiros e José Sarney à Anatel. Mais algumas horas e, ao que tudo indica, o diálogo avançou. Ricardo Noblat anunciou que "Renan finalmente emplacou" seu apadrinhado. Ato contínuo, Lula "aceitou convite" e deve jantar com os peemedebistas do Senado, terça que vem. Ele "ainda alimenta o sonho de ter o PMDB a seu lado nas eleições de 2006". A PALAVRA DO ANO A editora Oxford University Press se adiantou à editora Merriam-Webster e divulgou ontem, com repercussão por toda a rede, "a palavra do ano". Em 2004, a Merriam-Webster, que faz dicionários, havia selecionado "blog". Para este ano, a Oxford, também voltada a dicionários, elegeu "podcast" como a palavra de 2005. Como citou o blog de Tiago Dória no iG, o dicionário define podcast como "gravação digital de transmissão de rádio, colocada à disposição na internet para download". É mais que isso, muito mais. Para além do dicionário, os arquivos de som e imagem avançam sobre outras áreas tradicionais. Como noticiou o "New York Times", o maior prêmio da TV nos EUA, o Emmy, agora vai abranger também "vídeo criado para computadores, celulares e outros equipamentos, como iPod e PlayStation". Daí o título: - E o Emmy de melhor ator num iPod vai para... E tem mais. O site do mesmo "NYT" destacou ontem que o Pulitzer, principal prêmio de jornalismo, segue a onda e vai aceitar a indicação de trabalhos que saíram só nos sites. Diz o diretor da premiação que é para "refletir a importância crescente do conteúdo on-line".
Entusiasmados A CPI dos Correios acionou a metralhadora. Em pouco mais de um dia, na Folha Online, se amontoaram manchetes da CPI sobre fundos, Coteminas, prisão de Marcos Valério e depoimento de Henrique Pizzolato. Fim de noite e os blogs já acresciam que "membros da CPI estão entusiasmados com uma fita de vídeo envolvendo empresa que presta serviços ao correio aéreo noturno". Regimentais O jornal baiano "A Tarde" e o site comunista Vermelho, entre vários outros, noticiavam ontem uma manifestação realizada em Salvador pela instalação de uma CPI da Bahiatursa, para apurar suposta irregularidade no que o blog da Folha Online apelidou de "o duto baiano". A CPI estaria sendo adiada por "manobras regimentais". @ - nelsondesa@folhasp.com.br Texto Anterior: Gastos públicos: Lula cogita MP se Congresso não votar Orçamento Próximo Texto: Escândalo do "mensalão"/Hora das provas: Gushiken ordenou repasse, repete Pizzolato Índice |
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