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Advogado diz que prisões são exagero
Defensor de detidos afirma que clientes nunca se opuseram a falar com a Justiça
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ
DA AGÊNCIA FOLHA
O advogado Tutimês Airan,
que representa o deputado Dudu Albuquerque (PSB), o ex-chefe da PM alagoana José Acírio do Nascimento e os funcionários da Assembléia Nilton
Pradines e José Roberto Menezes, afirmou que as prisões da
operação Taturana foram "um
exagero".
Nascimento e os dois servidores foram presos na operação. A casa do deputado Dudu
Albuquerque, um dos dez sob
suspeita, foi alvo de busca e
apreensão. "Os meus clientes
nunca se opuseram a prestar
todos os esclarecimentos necessários à Justiça", afirmou o
advogado Airan.
Dudu Albuquerque disse que
não tem envolvimento com a
suposta fraude e que só os integrantes da Mesa Diretora da
Casa conhecem realmente as
despesas do órgão.
"Fui surpreendido com uma
equipe da PF na minha casa,
em Maceió, e outra, em Arapiraca. Estou absolutamente
tranqüilo. Os documentos que
eles pegaram são pessoais. Estou no meu segundo mandato,
nunca fiz parte da Mesa, nunca
fui ordenador de despesas", declarou o deputado.
Adelmo Cabral, advogado do
presidente da Assembléia, Antonio Albuquerque (DEM), disse que o deputado desconhece a
origem de duas armas encontradas em sua propriedade.
"Certamente são dos policiais
que fazem a sua segurança, jamais dele", afirmou o advogado
do deputado.
O presidente do Legislativo
de Alagoas deve falar sobre o
caso somente na próxima terça-feira, dia 11.
Belarmino Alcoforado, diretor-presidente da Elógica, empresa que emite os contracheques da Assembléia, disse que a
PF "está redondamente enganada ao supor que a empresa tinha envolvimento" no caso. "Se
houver alguém da empresa que
participou disso, ele será entregue à Justiça", afirmou.
lcoforado disse ainda que a
Elógica desconhece o teor dos
contracheques. "Eu só processo dados que foram feitos pelos
clientes", declarou.
Fábio Gaia, chefe-de-gabinete do deputado Edival Gaia Filho (PSDB), disse que Gaia Filho tornou-se 3º secretário da
Mesa em fevereiro desse ano e
que as investigações da PF vão
somente até 2006.
A Folha telefonou para celulares e casas dos demais deputados supostamente envolvidos, mas ninguém foi localizado ontem.
(CA e LF)
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