São Paulo, sábado, 08 de dezembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Advogado diz que prisões são exagero

Defensor de detidos afirma que clientes nunca se opuseram a falar com a Justiça

DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ
DA AGÊNCIA FOLHA

O advogado Tutimês Airan, que representa o deputado Dudu Albuquerque (PSB), o ex-chefe da PM alagoana José Acírio do Nascimento e os funcionários da Assembléia Nilton Pradines e José Roberto Menezes, afirmou que as prisões da operação Taturana foram "um exagero".
Nascimento e os dois servidores foram presos na operação. A casa do deputado Dudu Albuquerque, um dos dez sob suspeita, foi alvo de busca e apreensão. "Os meus clientes nunca se opuseram a prestar todos os esclarecimentos necessários à Justiça", afirmou o advogado Airan.
Dudu Albuquerque disse que não tem envolvimento com a suposta fraude e que só os integrantes da Mesa Diretora da Casa conhecem realmente as despesas do órgão.
"Fui surpreendido com uma equipe da PF na minha casa, em Maceió, e outra, em Arapiraca. Estou absolutamente tranqüilo. Os documentos que eles pegaram são pessoais. Estou no meu segundo mandato, nunca fiz parte da Mesa, nunca fui ordenador de despesas", declarou o deputado.
Adelmo Cabral, advogado do presidente da Assembléia, Antonio Albuquerque (DEM), disse que o deputado desconhece a origem de duas armas encontradas em sua propriedade. "Certamente são dos policiais que fazem a sua segurança, jamais dele", afirmou o advogado do deputado.
O presidente do Legislativo de Alagoas deve falar sobre o caso somente na próxima terça-feira, dia 11.
Belarmino Alcoforado, diretor-presidente da Elógica, empresa que emite os contracheques da Assembléia, disse que a PF "está redondamente enganada ao supor que a empresa tinha envolvimento" no caso. "Se houver alguém da empresa que participou disso, ele será entregue à Justiça", afirmou.
lcoforado disse ainda que a Elógica desconhece o teor dos contracheques. "Eu só processo dados que foram feitos pelos clientes", declarou.
Fábio Gaia, chefe-de-gabinete do deputado Edival Gaia Filho (PSDB), disse que Gaia Filho tornou-se 3º secretário da Mesa em fevereiro desse ano e que as investigações da PF vão somente até 2006.
A Folha telefonou para celulares e casas dos demais deputados supostamente envolvidos, mas ninguém foi localizado ontem. (CA e LF)


Texto Anterior: Esquema de AL usou ao menos 150 pessoas
Próximo Texto: PMN é sigla de 5 dos 10 deputados suspeitos em AL
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.