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Em nota, PT critica Gil por demissões de auxiliares na pasta
Partido questiona maneira como presidente da Funarte e secretário de Articulação Institucional foram demitidos
Ministério afirma que já se explicou sobre demissão de Grassi em nota na qual fala de "alterações pontuais" por início de "um novo ciclo"
FELIPE SELIGMAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PT divulgou nota ontem
criticando as demissões do presidente da Funarte, Antônio
Grassi, e do secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura, Márcio Meira.
Publicada no site do partido,
a nota foi elaborada pela Secretaria Nacional de Cultura do
PT, que diz discordar "no mérito e na forma" das demissões.
Ambos souberam do afastamento, no final de 2006, por intermédio do chefe de gabinete
do ministro Gilberto Gil, Adolpho Netto, e pelo secretário de
Políticas Culturais, Alfredo
Manevy. Esse é um dos motivos
de crítica petista. "Demitir alguém pela imprensa, e ainda
mais por intermediários, não
honra o Ministério da Cultura",
afirma a nota.
Quanto ao mérito das demissões, a nota diz que se trata "do
afastamento de dois servidores
competentes, comprometidos
com o programa apresentado
pelo presidente Lula ao Brasil e
que ao longo dos quatro anos de
governo sempre foram leais ao
presidente e ao ministro da
Cultura". Segundo a nota, a decisão do Ministério da Cultura
de demiti-los contradiz a avaliação interna e externa "altamente positiva" do desempenho dos dois.
"A atuação de Antônio Grassi
e sua equipe à frente da Funarte [Fundação Nacional de Arte]
reergueu a instituição depois
de um longo período de abandono." Já a "condução de Márcio Meira e sua equipe às atividades da Secretaria de Articulação Institucional resultou na
assinatura do protocolo que
abre caminho para a constituição pactuada do Sistema Nacional de Cultura, política estruturante indispensável para a
consolidação do Minc como
mecanismo republicano de formulação de políticas públicas
de cultura", diz a nota.
Outro lado
Gilberto Gil preferiu, ontem,
não se manifestar a respeito da
nota. Sua assessoria de imprensa informou que a demissão de
Grassi já foi explicada na última
sexta-feira por meio de um comunicado. A nota diz que "o
Minc realiza algumas alterações pontuais entre seus quadros dirigentes" em meio a um
"novo ciclo de trabalho, marcado pelo aprofundamento e pela
ampliação das políticas".
Gil se reunirá hoje com Grassi no Rio de Janeiro, para informá-lo pessoalmente sobre a demissão. Ainda não há previsão
de Gil se encontrar com Meira.
Um dos nomes cotados para
suceder Grassi é o do também
ator e petista Celso Frateschi.
Ele foi secretário de Cultura
das prefeituras de São Paulo e
Santo André nos governos
Marta Suplicy e Celso Daniel. O
compositor José Miguel Wisnik foi sondado para o posto,
mas recusou a oferta.
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