São Paulo, terça-feira, 09 de fevereiro de 2010

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Ministros de Lula defendem comparação de gestões

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA

Os ministros Tarso Genro (Justiça) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) defenderam ontem a comparação entre os governos FHC (1995-2002) e Lula (2003-2010) na campanha presidencial.
Tarso disse que o ingresso do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso na campanha favoreceu a estratégia petista de forçar uma eleição plebiscitária entre PT e PSDB.
"Acho que essa polarização entre os dois governos é boa porque permite comparação... Essa presença do Fernando Henrique na cena política, vinculado à campanha do [governador José] Serra, pede comparação entre as duas gestões."
"Isso é positivo para a democracia porque permite que a população compare os dois projetos: um do Fernando Henrique, que se vinculará ao Serra, o que é bom para o PSDB e também ajudará a campanha da Dilma. Ela representa o presidente Lula, e é essa comparação que interessa para nós", declarou.
Por sua vez, Padilha disse que os tucanos querem acabar com o PAC, mudar a metas de inflação, o câmbio e os juros.
"Nós vamos fazer o exercício da defesa do nosso governo de comparar com os governos anteriores. Enquanto a oposição não falar o que quer fazer daqui para a frente, nós só temos que comparar com o que eles fizeram. A partir do momento em que eles [tucanos] começarem a falar o que querem fazer -a única coisa que foi dita é que querem acabar com o PAC, mudar a meta de inflação, mexer na taxa de câmbio, querem rever juros-, também vamos discutir o futuro", disse Padilha.
Padilha afirmou que as críticas de FHC não foram tema da reunião de coordenação política realizada ontem pela manhã e que Lula não fez nenhum comentário: "Ninguém comentou [a crítica] porque não impressionou a todos, não", disse.
Padilha afirmou que Dilma "a cada dia supera desafios" e que ela tem "papel protagonista e ativo" no governo: "Dilma demonstrou sua capacidade de liderança ao construir o novo modelo energético que resolveu o problema do apagão. Que não se confunda fidelidade com ausência de protagonismo".
Em Minas, o vice-presidente José Alencar comentou as críticas de FHC ao lado do governador tucano Aécio Neves: "Nós, que estamos ao lado do presidente Lula, achamos que a diferença [entre os dois governos] é muito grande", disse Alencar.
Também ontem, o ministro Hélio Costa (Comunicações) ironizou os ataques de FHC à capacidade de liderança da ministra da Casa Civil. Segundo ele, o impacto das críticas de FHC "é o mesmo de um pingo de chuva no lago Paranoá".


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