São Paulo, quarta-feira, 09 de março de 2005

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JUSTIÇA

Ex-deputado é acusado de morte

Hildebrando chora em depoimento e nega crime

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ex-deputado federal Hildebrando Pascoal negou, diante de sete jurados, ter participado, com cinco pessoas, do assassinato do policial civil Valter José Ayala.
Ao longo de fala no julgamento, Hildebrando chorou, ao afirmar que todas as acusações contra ele foram plantadas, também com a colaboração do procurador da República Luiz Francisco de Souza, que, como "militante político", seria adversário do PFL, partido ao qual ele pertencia.
Ayala foi morto, em setembro de 1997, em Rio Branco, com três tiros na cabeça. Segundo o Ministério Público Federal, o autor dos disparos foi Raimundo Alves, um dos cinco acusados que serão julgados em Brasília. Um dia antes de morrer, a vítima teria assumido o compromisso com o então desembargador Jersino José da Silva, do TJ do Acre, de depor sobre o suposto grupo de extermínio liderado por Hildebrando.
O ex-deputado, cujo mandato foi cassado em 1999, disse não ser "bandido". "Sou íntegro e honrado. Se todos os políticos fossem iguais a mim, o Brasil estaria melhor." Diante do júri, em depoimento de quatro horas, atribuiu a perseguição política, que segundo ele é capitaneada pelo Ministério Público e pelo Judiciário, aos processos em que é acusado de associação para tráfico de entorpecentes e de pertencer a grupo de extermínio cuja característica seria serrar os membros das vítimas.
A previsão é que o julgamento se estenda até a sexta-feira.


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