|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
JUSTIÇA
Ex-deputado é acusado de morte
Hildebrando chora em depoimento e nega crime
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ex-deputado federal Hildebrando Pascoal negou, diante de
sete jurados, ter participado, com
cinco pessoas, do assassinato do
policial civil Valter José Ayala.
Ao longo de fala no julgamento,
Hildebrando chorou, ao afirmar
que todas as acusações contra ele
foram plantadas, também com a
colaboração do procurador da
República Luiz Francisco de Souza, que, como "militante político", seria adversário do PFL, partido ao qual ele pertencia.
Ayala foi morto, em setembro
de 1997, em Rio Branco, com três
tiros na cabeça. Segundo o Ministério Público Federal, o autor dos
disparos foi Raimundo Alves, um
dos cinco acusados que serão julgados em Brasília. Um dia antes
de morrer, a vítima teria assumido o compromisso com o então
desembargador Jersino José da
Silva, do TJ do Acre, de depor sobre o suposto grupo de extermínio liderado por Hildebrando.
O ex-deputado, cujo mandato
foi cassado em 1999, disse não ser
"bandido". "Sou íntegro e honrado. Se todos os políticos fossem
iguais a mim, o Brasil estaria melhor." Diante do júri, em depoimento de quatro horas, atribuiu a
perseguição política, que segundo
ele é capitaneada pelo Ministério
Público e pelo Judiciário, aos processos em que é acusado de associação para tráfico de entorpecentes e de pertencer a grupo de extermínio cuja característica seria
serrar os membros das vítimas.
A previsão é que o julgamento se estenda até a sexta-feira.
Texto Anterior: Elio Gaspari: Lembra do telefone? Vai acabar Próximo Texto: Caso Loterj: Conselho de ética aprova a cassação de André Luiz Índice
|