São Paulo, sexta-feira, 09 de março de 2007

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Desembarque de presidente fecha aeroporto e provoca atraso em vôos

Fernando Donasci/Folha Imagem
Chegada do presidente George W. Bush no aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo


DA REPORTAGEM LOCAL

Ao desembarcar no aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos, o presidente dos EUA, George W. Bush, foi recepcionado pelo embaixador do Brasil nos EUA, Antônio Patriota, e pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, além de outras autoridades.
A primeira-dama americana, Laura Bush, foi a primeira a sair do Air Force One, avião presidencial. Na seqüência, desceu o presidente norte-americano, acenando para os jornalistas, distantes 80 metros do avião.
O espaço aéreo do aeroporto permaneceu fechado dez minutos antes do pouso do Air Force One e dez minutos depois do desembarque. Pousos e decolagens foram retardados. A interrupção atingiu somente o espaço aéreo de Guarulhos. Houve atrasos em 38 pousos e 13 decolagens.
A assessoria de imprensa da Infraero confirmou que após a saída de Bush ocorreu uma série de atrasos, mas não soube informar o motivo.
A medida foi determinada pela Aeronáutica, explicou o superintendente da regional Sudeste da Infraero, Edgard Brandão Júnior. "Vinte minutos não é muito", afirmou. Hoje, na saída de Bush para o Uruguai, a operação será repetida.
No momento em que o Air Force One chegava a São Paulo, sete vôos se preparavam para partir de Guarulhos rumo aos EUA. O professor de inglês Peter Nesset, de Chicago, esperava, paciente, ser atendido.
"Talvez seja tarde demais para melhorar a péssima imagem dos EUA disseminada no mundo por esse governo, mas não deixa de ser uma boa iniciativa", afirmou o professor, em bom português.
Vestindo camiseta com a estampa da bandeira norte-americana, Melissa parecia envergonhada: "Ficou mais difícil ser americano fora dos Estados Unidos desde que Bush assumiu", afirmou a especialista em informática de Nova York, que não revelou o sobrenome.
Dez minutos depois do desembarque, Bush saiu num cortejo de 40 carros, sendo duas limusines, um caminhão de comunicações para emergência e os furgões do serviço secreto americano. O destino era o Hotel Hilton, na zona sul da cidade, onde chegou às 21h04.
As duas limusines da comitiva americana, uma delas com Bush, atravessaram em altíssima velocidade a barreira montada pelo Exército e pela Polícia Militar a cerca de 200 metros da entrada do hotel.
Um grupo de populares que aguardava a chegada do norte-americano correu para não ser atropelado. A visita de Bush ao Brasil atraiu a curiosidade de dezenas de populares, mas não havia protestos na região.
A área foi isolada pelo Exército. Funcionários que trabalham em escritórios do Centro Empresarial Nações Unidas, nas proximidades do hotel, foram dispensados mais cedo.


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