|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Memorando adia decisão sobre tarifas
ELIANE CANTANHÊDE
EM SÃO PAULO
O memorando de entendimentos que os presidentes
Luiz Inácio Lula da Silva e
George W. Bush assinam hoje empurra com a barriga
qualquer decisão quanto a
subsídios e taxas dos EUA
contra o álcool combustível
brasileiro. O texto dirá apenas que a questão será tratada nos "fóruns apropriados".
Isso deixa implícito que as
negociações continuarão no
âmbito da OMC (Organização Mundial do Comércio),
onde EUA e Brasil já discutem a questão dos subsídios
agrícolas de forma mais geral, na Rodada Doha.
O Brasil é o principal exportador mundial de álcool
combustível. Dos 3,5 bilhões
de litros que exporta por ano,
2,5 bilhões vão para os EUA,
onde o produto recebe uma
taxa de 0,54 centavos de dólar por galão, além de 2,5% de
impostos alfandegários.
Haverá avanços nas negociações das tarifas entre os
dois países. Conforme a Folha apurou, o memorando
negociado previamente entre as cúpulas dos dois governos prevê cooperação em
biocombustíveis em três
áreas: difusão para terceiros
países, normatização e pesquisa e tecnologia.
Lula e Bush discutirão
também hoje outros dois temas: a Rodada Doha e a reivindicação brasileira de obter uma cadeira permanente
no Conselho de Segurança
das Nações Unidas. Mas sem
novidades. Porém, de todos
os temas, o mais delicado será a ascendência do presidente da Venezuela, Hugo
Chávez, na região.
Texto Anterior: Subsídios dos EUA são "nefastos", diz Lula Próximo Texto: Protesto pára Paulista e acaba em confronto Índice
|