São Paulo, sexta-feira, 09 de março de 2007

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Pela mesma acusação, deputado responde a três ações judiciais

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma única acusação, a remessa ilegal de dinheiro para Nova York, se desdobrou em três ações judiciais diferentes contra o ex-prefeito e deputado federal Paulo Maluf.
Pelo envio de milhões de dólares não declarados para Nova York, Maluf responde a um processo cível (que pede ressarcimento aos cofres públicos da Prefeitura de São Paulo), a um penal (que pede a prisão dele) e, agora, a outro criminal, porém, nos Estados Unidos, por lavagem de dinheiro.
A principal prova do Ministério Público é um documento da Prefeitura de São Paulo, ocupada por Maluf entre 1993 e 1996, que registra os pagamentos públicos feitos à construtora Mendes Júnior, encarregada de obras municipais.
Para cada pagamento à construtora, há um depósito correspondente, em valor idêntico e feito dias depois, na conta Chanani, aberta em Nova York e atribuída aos Maluf.

Prisão
A ação cível corre na Justiça Estadual de São Paulo. A criminal, depois que Maluf foi eleito deputado, foi transferido para o Supremo Tribunal Federal.
Foi por conta do processo penal que Maluf e seu filho Flávio foram presos na carceragem da Polícia Federal de São Paulo durante 40 dias, em 2005 -os dois foram acusados de intimidar o doleiro Vivaldo Alves, o Birigüi, a não prestar depoimento contra eles.
Os Maluf são acusados ainda de manter contas bancárias ilegais na Suíça, na ilha de Jersey, na Inglaterra, na França e em Luxemburgo.
O Ministério Público tem informações ainda de contas em outros países.


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