|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Parecer de relator deve ser lido dia 16
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O parecer do relator Saturnino
Braga (PSB-RJ) sobre a fraude no
painel de votações no Senado será
lido no Conselho de Ética na próxima quarta-feira, dia 16.
No mesmo dia, o presidente do
Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), também pode determinar a
publicação do pedido de abertura
da CPI da corrupção.
Ainda no dia 16, será decidido se
a votação do relatório será aberta
ou secreta -o que está sendo interpretado como uma "prévia"
sobre a possibilidade de cassação
de Antonio Carlos Magalhães
(PFL-BA) e José Roberto Arruda
(sem partido-DF).
O conselho está dividido sobre o
assunto. O presidente, Ramez Tebet (PMDB-MS), defendeu o voto
aberto, porque ainda não há processo instaurado e a Constituição
só estabelece votação secreta no
julgamento. Se houver contestação a esse entendimento, será decidida pelos 16 senadores do conselho a forma de votação.
O PFL preparou um parecer defendendo a votação secreta. "A
votação aberta, mesmo não entrando no mérito, seria uma declaração antecipada de voto, quebrando o sigilo da votação no plenário. Poderá ser declarada a nulidade plena do processo por conta
disso", disse Jorge Bornhausen
(SC), presidente do partido.
O PMDB e o PSDB vão decidir a
forma que defenderão. Dos 5 peemedebistas no conselho, 3 querem voto aberto: Tebet, Ney Suassuna (PB) e Casildo Maldaner
(SC). Amir Lando (RO) e Nabor
Júnior (AC) devem defender o sigilo. Os tucanos Lúcio Alcântara
(CE) e Osmar Dias (PR) disseram
ser favoráveis ao voto aberto, posição partilhada pelo suplente
Antero Paes de Barros (MT), que
pode votar no lugar de Arruda. A
oposição, com três vagas no conselho, é a favor do voto declarado.
Ontem, Tebet encerrou as investigações sobre a fraude e abriu
prazo de cinco sessões para Saturnino entregar o parecer. Ele abortou uma manobra do carlista
Waldeck Ornélas (PFL-BA), que
apresentou quatro requerimentos
para estender as investigações.
"Aí já é demais", disse Tebet.
O relatório de Saturnino pode
ser votado no dia 16, se não houver pedido de vistas. Como o PFL
deve requisitar vistas do parecer,
a votação deve ficar para o dia 23.
Texto Anterior: Câmara quer avaliação de painel Próximo Texto: Rombo transamazônico: Verba liga Sudene a ex-dirigente Índice
|