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IMPRENSA
Seminário propõe criação de rede de comunicação para proteger jornalistas
ANJ quer rede por livre expressão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um seminário promovido ontem pela Unesco (Organização
das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e pela
ANJ (Associação Nacional dos
Jornais), em Brasília, lançou a
idéia da criação de uma rede de
comunicação nacional em defesa
da liberdade de imprensa e da atividade jornalística.
A rede de comunicação deverá
ter o apoio de outras instituições,
como a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), a Repórteres
sem Fronteira e a SIP (Sociedade
Interamericana de Imprensa).
Por meio dessa rede, as entidades receberão denúncias, farão levantamentos de casos de ameaças à liberdade de expressão e à atividade jornalística, agressão física e assassinato de profissionais,
atuando de forma articulada no
combate a abusos.
Um desdobramento provável é
a implantação de um site na internet. Poderá ser criado um banco
de informações sobre atentados
contra a liberdade de expressão.
Hoje, cada entidade tenta isoladamente acompanhar os casos registrados e não há unificação nem
sequer dos levantamentos de assassinatos de jornalistas. No futuro, a proposta de criação da rede
poderá ser ampliada para o âmbito internacional.
Segundo levantamento da ANJ,
dez jornalistas foram assassinados no Brasil, de 1995 até hoje, entre os quais o jornalista Tim Lopes, da TV Globo, em 3 de junho
de 2002.
O seminário "Exercendo a Liberdade de Imprensa" marcou no
Brasil a comemoração do Dia
Mundial da Liberdade de Imprensa, instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas) na
data de 3 de maio.
Durante cinco horas, diretores
de redação, editores, jornalistas,
representantes de instituições
brasileiras e de outros países e estudantes de comunicação e de direito discutiram o tema.
Claude-Jean Bertrand, professor de informação e comunicação
da Universidade de Paris-2, fez
palestra sobre "Liberdade de Imprensa: o Estado, o Mercado e a
Ética". O jornalista Luiz Garcia,
articulista de "O Globo", falou sobre "responsabilidade profissional da imprensa". O evento foi encerrado com uma mesa-redonda
sobre "liberdade de imprensa:
ações para o futuro", com a participação do diretor da Sucursal da
Folha no Rio, Marcelo Beraba,
que também ocupa o cargo de diretor do Comitê de Liberdade de
Expressão da ANJ.
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