São Paulo, domingo, 09 de maio de 2004

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MILITARES

Ato pede reajuste salarial

Parentes de oficiais fazem protesto no Rio

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Munidas de apitos e cartazes, cerca de cem parentes de militares protestaram ontem por reajustes salariais durante cerimônia em homenagem à participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial. O ministro da Defesa, José Viegas, participou do evento, realizado no Monumento dos Pracinhas, na zona sul do Rio.
Vestidos com camisas negras com a frase "Nada mais temos a perder", os manifestantes, sobretudo mulheres, reivindicaram reposição de pelo menos 30% das perdas salariais dos militares.
De acordo com o deputado federal Jair Bolsonaro (PTB-RJ), os militares não têm aumento desde dezembro de 2000: "Eu me reuni com o ministro Viegas na terça-feira e saí da reunião sem nenhuma solução". A manifestação tinha o objetivo de chamar a atenção do ministro para a questão do reajuste salarial, disse o deputado.
Para evitar a aproximação dos manifestantes, militares colocaram cercas a uma distância de 8 metros do monumento, onde estava o ministro. "Se eles não deixarem que nós nos aproximemos, vamos invadir", disse o deputado. A invasão não aconteceu. Os manifestantes não puderam ter acesso ao monumento.
"Vamos apitar e levantar bem alto o cartaz para que ele nos veja", disse Sandra Maria Cavalcanti, 40, que afirmou ser casada com um sargento do Exército. Segundo ela, o marido ganha R$ 1.800 por mês. No início de abril, Viegas disse que as Forças Armadas teriam o mesmo tratamento salarial dado aos funcionários civis.
A data e os índices de reajuste serão determinados pelo presidente Lula em um prazo ainda indefinido. O evento terminou sem confrontos entre os manifestantes e os soldados encarregados de mantê-los longe do ministro. (TATIANA SCHNOOR)



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