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PF deve apurar denúncias contra ex-diretor da Casa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O procurador da República Gustavo Peçanha Velloso
vai pedir que a Polícia Federal entre na investigação das
denúncias contra o ex-diretor de Recursos Humanos do
Senado João Carlos Zoghbi.
Após analisar o caso, ele decidiu pedir a instauração de
inquérito policial, o que deve
ser formalizado até terça.
Zoghbi admitiu à revista
"Época" ter usado laranjas
para omitir os filhos como
verdadeiros donos de empresas que intermediavam a
concessão de empréstimos
consignados para servidores.
Como diretor de Recursos
Humanos, Zoghbi podia cadastrar os bancos que ofereciam esses empréstimos. Um
deles, o Cruzeiro do Sul teria
repassado R$ 2,3 milhões para a Contact, uma das empresas em nome de laranjas, depois da ameaça de Zoghbi de
descredenciar a instituição.
A direção do Senado tentava evitar a entrada da PF no
caso para não perder o controle da investigação.
Ontem a Polícia Legislativa ouviu os depoimentos de
dois sócios da Contact, entre
elas a ex-babá Maria Izabel
Gomes, que teve seu nome
usado para ocultar os verdadeiros donos. Segundo o advogado de Zoghbi, Antonio
Carlos de Almeida Castro,
ela contou à polícia que assinou os papéis da Contact
sem saber do que se tratava.
"Atendeu a um pedido de
Marcelo Zoghbi, que considera como neto. Ela mal lê."
Pela manhã, também foi
ouvida Bianka Machado e
Dias, outra sócia da Contact.
Segundo seu advogado, Celso Lemos, ela negou que a
empresa é de fachada. Admitiu, no entanto, que sabia que
Maria Izabel havia sido usada pelo filho de Zoghbi.
Na terça, a FGV (Fundação
Getúlio Vargas) apresenta
proposta para tornar a Casa
mais enxuta. A instituição foi
contratada por R$ 250 mil
para fazer auditoria administrativa, segundo anunciado
por Sarney em março, mas a
Folha apurou que irá apresentar só sugestões para redução de número de diretorias e de adicional de salário.
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