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Aliança do PT em SP vai a votação
DA REPORTAGEM LOCAL
O encontro estadual do PT de
São Paulo que será realizado hoje
tem como pano de fundo a sucessão presidencial. O grupo ligado
ao pré-candidato à Presidência do
partido, Luiz Inácio Lula da Silva,
concentrado na tendência Articulação, quer aprovar texto que dá
poder à direção estadual do partido de celebrar alianças com o
PMDB e o PL no Estado.
Como as alianças estaduais dependem da nacional, por causa da
verticalização imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral, a votação será um gesto de boa vontade
em direção aos dois partidos.
Mas as tendências de esquerda
petistas -como a Articulação de
Esquerda e a Tendência Socialista- vão tentar impedir a citação
específica dos dois partidos durante a votação das alianças.
Aliança com PMDB
Há uma corrente -liderada pelas facções PT de Luta e de Massas
e Movimento PT- que aceita a
aliança com o PMDB, mas vai tentar impedir a citação do PL.
O grupo de Lula deve ter maioria para aprovar sua proposta,
mas a custo de um grande descontentamento interno.
O problema é o efeito nacional
de uma eventual derrota da proposta de aliança com PMDB e PL
na base eleitoral da principal liderança petista.
Regionalmente, não há chances
de os pré-candidatos ao governo
de São Paulo José Genoino (PT) e
Francisco Rossi (PL) se entenderem. Mas o veto ao PL dificultaria
ainda mais a possibilidade de
aliança nacional com o partido,
cujo desfecho está programado
para esta semana.
Chances
Haveria mais chances de acordo
com o PMDB do ex-governador
paulista Orestes Quércia, que deve disputar o Senado. O acordo
faria com que o PT lançasse apenas um nome para o cargo -o
deputado federal Aloizio Mercadante-, dando a segunda vaga a
Quércia, inimigo histórico do
partido. Com a verticalização e as
chances remotas de um acordo
nacional PT-PMDB, essa aliança
pode até acontecer, mas de maneira informal. A avaliação dos
petistas é que as prefeituras do
PMDB no interior do Estado reforçariam significativamente a
campanha de Genoino.
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