São Paulo, Quarta-feira, 09 de Junho de 1999
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CPI DO JUDICIÁRIO
Juiz recebeu US$ 500 mil de empresa

da Sucursal de Brasília

A CPI do Judiciário está investigando uma empresa chamada Cortina Finance Ltda., que, em janeiro de 1997, fez um depósito de US$ 500 mil na conta que o juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto, ex-presidente do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, mantinha na agência das Ilhas Cayman do Banco Santander.
A conta recebeu depósitos que somam US$ 30 milhões e foi zerada no início da 1998, o que coincide com o início das investigações do Ministério Público Federal de São Paulo a respeito de atos de Santos Neto à frente do TRT-SP.
A suspeita, até o momento, é que essa empresa seja uma "laranja" usada para encobrir o dinheiro desviado da construção do Fórum Trabalhista de São Paulo.
A obra já custou R$ 230 milhões de recursos do Orçamento da União. A CPI concluiu que R$ 130 milhões foram desviados. Os suspeitos do desvio são Santos Neto e o empresário Fábio Monteiro de Barros Filho, dono da Incal Incorporações e da Ikal Construções, empresas que ganharam o direito de realizar a obra sem ao menos participar da licitação.
A CPI também conseguiu confirmar a ligação de Santos Neto com a cubano-americana Josefina de La Llama, que seria a gerente da conta de Santos Neto no Santander. (FL)

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