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CPI DO JUDICIÁRIO
Juiz recebeu
US$ 500 mil
de empresa
da Sucursal de Brasília
A CPI do Judiciário está investigando uma empresa chamada
Cortina Finance Ltda., que, em janeiro de 1997, fez um depósito de
US$ 500 mil na conta que o juiz
aposentado Nicolau dos Santos
Neto, ex-presidente do Tribunal
Regional do Trabalho de São Paulo, mantinha na agência das Ilhas
Cayman do Banco Santander.
A conta recebeu depósitos que
somam US$ 30 milhões e foi zerada no início da 1998, o que coincide
com o início das investigações do
Ministério Público Federal de São
Paulo a respeito de atos de Santos
Neto à frente do TRT-SP.
A suspeita, até o momento, é que
essa empresa seja uma "laranja"
usada para encobrir o dinheiro
desviado da construção do Fórum
Trabalhista de São Paulo.
A obra já custou R$ 230 milhões
de recursos do Orçamento da
União. A CPI concluiu que R$ 130
milhões foram desviados. Os suspeitos do desvio são Santos Neto e
o empresário Fábio Monteiro de
Barros Filho, dono da Incal Incorporações e da Ikal Construções,
empresas que ganharam o direito
de realizar a obra sem ao menos
participar da licitação.
A CPI também conseguiu confirmar a ligação de Santos Neto com a
cubano-americana Josefina de La
Llama, que seria a gerente da conta
de Santos Neto no Santander.
(FL)
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