São Paulo, quinta, 9 de julho de 1998

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SÃO PAULO

Alckmin decide que só os secretários poderão entregar obras estaduais; candidato tucano à reeleição fica fora
Covas e Alckmin vão evitar inaugurações

EMANUEL NERI
da Reportagem Local


Preocupado com sanções da Justiça Eleitoral, o governador interino de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), informou ontem aos secretários estaduais que caberá a eles inaugurar todas as obras do governo até a eleição de outubro.
Candidato a vice-governador na chapa de Mário Covas (PSDB), que se licenciou do cargo para disputar um novo mandato, Alckmin entende que está impedido de participar dessas inaugurações. Poderá no máximo vistoriar as obras.
Alckmin fez ontem a primeira reunião com o secretariado, dois dias depois de Covas ter transferido o cargo a ele. O governador interino pediu à assessoria jurídica do governo que fizesse uma análise sobre a nova Lei Eleitoral.
Com base nesse estudo, resolveu ficar ausente das inaugurações. Covas também não participará desses atos. Mais de mil obras serão inauguradas. Esse era um dos trunfos da campanha covista.
Há obras de apelo eleitoral a serem inauguradas, como cinco estações do Metrô, sete hospitais, 59 escolas e 20 mil casas populares.
Alckmin acha que qualquer deslize será motivo para ações judiciais que podem prejudicar a campanha. Por isso, pediu aos secretários que não façam referências a Covas e a ele nas inaugurações.
O secretário pode dizer que a obra foi realizada pelo governo de São Paulo, sem dizer que ela foi feita na administração Covas.
Antes, o governo havia elaborado um calendário de obras cujas inaugurações coincidiriam com o período eleitoral -entre 6 de julho e 30 de outubro.



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