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SÃO PAULO
Alckmin decide que só os secretários poderão entregar obras estaduais; candidato tucano à reeleição fica fora
Covas e Alckmin vão evitar inaugurações
EMANUEL NERI
da Reportagem Local
Preocupado
com sanções da
Justiça Eleitoral,
o governador
interino de São
Paulo, Geraldo
Alckmin
(PSDB), informou ontem aos secretários estaduais que caberá a eles inaugurar
todas as obras do governo até a
eleição de outubro.
Candidato a vice-governador na
chapa de Mário Covas (PSDB),
que se licenciou do cargo para disputar um novo mandato, Alckmin
entende que está impedido de participar dessas inaugurações. Poderá no máximo vistoriar as obras.
Alckmin fez ontem a primeira
reunião com o secretariado, dois
dias depois de Covas ter transferido o cargo a ele. O governador interino pediu à assessoria jurídica
do governo que fizesse uma análise sobre a nova Lei Eleitoral.
Com base nesse estudo, resolveu
ficar ausente das inaugurações.
Covas também não participará
desses atos. Mais de mil obras serão inauguradas. Esse era um dos
trunfos da campanha covista.
Há obras de apelo eleitoral a serem inauguradas, como cinco estações do Metrô, sete hospitais, 59
escolas e 20 mil casas populares.
Alckmin acha que qualquer deslize será motivo para ações judiciais que podem prejudicar a campanha. Por isso, pediu aos secretários que não façam referências a
Covas e a ele nas inaugurações.
O secretário pode dizer que a
obra foi realizada pelo governo de
São Paulo, sem dizer que ela foi
feita na administração Covas.
Antes, o governo havia elaborado um calendário de obras cujas
inaugurações coincidiriam com o
período eleitoral -entre 6 de julho e 30 de outubro.
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