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ALAGOAS
Collor assume
paternidade
de estudante
da Agência Folha, em Maceió
O ex-presidente Fernando Collor de Mello reconheceu na semana passada o estudante James Fernando Brás da Silva, 18, como seu
filho, após ter negado a paternidade do rapaz durante o primeiro
ano de seu governo, em 1990.
"O encontro deles aconteceu
na última terça-feira aqui na sede
do jornal. Foi muito emocionante", afirmou o primo de Collor,
Euclydes Mello, candidato ao governo de Alagoas pelo PRN.
Na época, o então porta-voz da
Presidência, Cláudio Humberto
Rosa e Silva, disse que Collor desconhecia o fato. "Baixaria em
campanha é coisa que sempre
acontece", disse.
O resultado do exame de DNA
(que permite identificar o indivíduo pelo seu código genético),
confirmando a paternidade, saiu
há oito dias. Só ontem Collor confirmou o laudo.
James nasceu em Rio Largo (35
km ao norte de Maceió), onde viveu até ser descoberto pela imprensa, em 1990. Em seu governo,
Collor protegeu o menino e a mãe,
Jucineide Brás da Silva. Alugou
um apartamento para os dois em
Recife, onde o rapaz morou até o
mês passado com uma pensão paga pelas empresas de Collor.
Vivendo em Maceió, James já assina o sobrenome Collor de Mello.
Em Rio Largo, é conhecido como
"Colinho", segundo os amigos,
pela semelhança física com o pai.
A notícia sobre o filho de Collor
foi divulgada pelo próprio jornal
da família Collor, "Gazeta de
Alagoas", na coluna diária do jornalista Cláudio Humberto Rosa e
Silva. Segundo ele, James vai estudar na Europa, "como é tradição na família".
A ex-funcionária pública Jucineide disse, em 90, em entrevista à
Folha, que conheceu Collor quando ele era prefeito de Maceió.
Segundo ela, eles tiveram três
encontros em 1979 e teriam mantido relações íntimas. A Agência
Folha não localizou ontem Jucineide e seu filho.
(ARI CIPOLA)
Colaborou
Fabiana Pereira, da Agência Folha
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