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Arraes se diz
"satisfeito"
da Agência Folha, em Recife
O governador de Pernambuco,
Miguel Arraes (PSB), afirmou ontem, por meio de nota, que recebeu "com tranquilidade e satisfação" a iniciativa da Procuradoria
Geral da República, que recomendou seu indiciamento ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).
O governador, que é candidato à
reeleição, é acusado de emitir títulos em valor superior ao necessário para o pagamento das dívidas
públicas e de ter provocado prejuízo ao Estado com o deságio na
venda dos títulos e com o pagamento de comissões a instituições
financeiras.
Na nota, Arraes diz que a iniciativa da Procuradoria Geral da República é "um atestado" de que a
operação de emissão dos títulos
públicos "é inatacável".
No começo, afirma o documento, "questionava-se a forma da
contratação do banco que fez a
operação. Depois, passaram a levantar dúvidas sobre o custo e sobre a lisura na aplicação dos recursos".
"Chegar à conclusão agora de
que tudo o que pode ser questionado é a lista dos precatórios a serem quitados é motivo para comemoração", diz. "Prova, sobretudo, que a emissão era a operação
economicamente mais interessante para o Estado."
Segundo Arraes, a lista dos precatórios "foi fornecida pela Justiça" e a aplicação dos recursos em
outros fins, como pagamento de
salários e obras, "foi autorizada
pela Assembléia Legislativa".
O governador declarou ainda
que vai tomar "todas as providências na Justiça" e que, em razão da campanha eleitoral, a
"iniciativa processual da procuradoria pode até assanhar" seus
adversários políticos.
(FÁBIO GUIBU)
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