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Presidente petista
nega fraude em licitações do MEC
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O presidente do PT, Tarso
Genro, contestou por meio de
nota que o MEC (Ministério da
Educação), quando era ministro, tenha utilizado serviços das
editoras gaúchas Comunicação
Impressa e Impresul para beneficiá-las. As gráficas prestaram serviços para Tarso em
suas campanhas para prefeito
da cidade de Porto Alegre
(2000) e governador do Rio
Grande do Sul (2002).
Definindo as informações
-publicadas pela revista
"Época"- como "leviandade", Tarso afirmou que "a contratação de gráficas é de responsabilidade das agências de
publicidade licitadas" e que a
relação profissional é feita pela
coordenação da assessoria de
comunicação do ministério,
obedecendo a critérios "exclusivamente técnicos".
De acordo com Tarso, o gasto
geral com serviços gráficos entre 2004 e 2005 foi de R$ 5,6 milhões. "Deste total, o montante
destinado a gráficas gaúchas
totalizou apenas R$ 371 mil
-6,6% do total. Neste mesmo
período, o MEC encomendou
272 trabalhos gráficos em vários Estados do país, sendo
apenas dez no Rio Grande do
Sul", diz a nota.
"As agências de publicidade
foram orientadas a cotar orçamentos em várias praças na
busca do cumprimento da disposição contratual que prevê "a
obrigação das contratadas em
garantir a tomada de serviço de
terceiros sempre a partir da
busca de menor preço de mercado", sem comprometer a
qualidade destes serviços. Neste sentido, houve uma diversificação na produção de materiais, com a contratação de serviços em sete Estados."
Os donos das gráficas também negam favorecimento.
"Nunca transitamos no
MEC, não falamos com Tarso
Genro. Querem fazer relação
entre R$ 75 mil que recebemos
como pagamento de dívida pelo diretório nacional do PT
com nosso trabalho para o
MEC", disse Ângelo Garbaski,
da Impresul.
"Quando recebemos os R$ 75
mil, foram pagas dívidas de
2000 [campanha para a Prefeitura de Porto Alegre, na qual
Tarso era candidato], que estavam pendentes, porque ameaçamos não fazer a de 2004",
afirmou Garbaski.
O proprietário da Comunicação Impressa, José Mazzarollo,
também conta que participou
de licitações. Ganhou, segundo
ele, oito de 30 disputadas.
"Nunca mantivemos contato
com Tarso. Faz anos que não
falo com ele. Eu o conheço, mas
ele não me conhece."
(LG)
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