DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA

O STF (Supremo Tribunal Federal) negou ontem à noite um habeas corpus ao advogado Rogério Tadeu Buratti, ex-assessor do ministro Antonio Palocci (Fazenda) na Prefeitura de Ribeirão Preto (SP). Buratti depõe hoje na CPI dos Bingos no Senado.
O ex-assessor havia pedido ao STF para depor na condição de investigado, o que permitiria a ele não responder todas as perguntas. O ministro Carlos Ayres Britto decidiu, porém, que Buratti falará como testemunha, assinará termo de compromisso de dizer a verdade e deverá responder a todos os questionamentos.
Waldomiro Diniz, ex-assessor de José Dirceu (PT-SP) na Casa Civil, também entrou com pedidos de habeas corpus para depoimento previsto para quinta.
Na quinta-feira, ex-dirigentes da GTech, durante depoimento à CPI, acusaram Buratti e Waldomiro de tentar extorquir R$ 6 milhões da empresa para permitir a renovação de um contrato com a Caixa Econômica Federal.

Depoimento cancelado
O advogado Enrico Gianelli conseguiu liminar do STF cancelando sua convocação para depor hoje. Gianelli era advogado da GTech e teria apresentado Buratti a diretores da empresa.
Gianelli baseou seu pedido no Estatuto da Advocacia, que prevê ser "direito do advogado recusar-se a depor como testemunha sobre qualquer fato relacionado com a pessoa jurídica da qual seja ou tenha sido advogado".
(HUDSON CORRÊA)


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