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Evento debate memória política
DA SUCURSAL DO RIO
De amanhã a sexta-feira, o Museu da República, onde o presidente Getúlio Vargas se suicidou
em agosto de 1954, no Catete (zona sul do Rio), abrigará um evento dedicado à memória política.
A mostra "Autoritarismo, repressão e memória" abre às
18h30, com a entrega dos prontuários das polícias políticas brasileiras sobre os ex-presidentes
Juscelino Kubitschek (1956-61) e
João Goulart (1961-64) às suas famílias. Cada pasta tem mais de
mil páginas produzidas por espiões de várias épocas.
Além de um seminário com
conferências e mesas-redondas,
haverá exibição de filmes e o lançamento de seis livros. Entre eles,
"Anos Tormentosos", de Anita
Prestes e Lígia Prestes, com parte
da correspondência do líder comunista Luís Carlos Prestes escrita na prisão (1936-45).
Com 230 imagens do Arquivo
Público do Estado do Rio de Janeiro, organizador da mostra, será inaugurada a exposição "Arquivos da Relação", com fotografias e documentos de autoria,
principalmente, da Divisão da
Polícia Política e Social do antigo
Distrito Federal, de 1945 a 1964.
Na rua da Relação, 40, centro do
Rio, funcionaram as polícias políticas brasileiras, desde o começo
do século, inclusive o Dops (Departamento de Ordem Política e
Social), no regime militar.
Até hoje o prédio, mal conservado, é utilizado como repartição
policial. O Arquivo Público pediu
ao governo estadual a transferência do seu patrimônio para a velha
sede do Dops.
(MM)
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