São Paulo, sábado, 09 de setembro de 2000

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Evento debate memória política

DA SUCURSAL DO RIO

De amanhã a sexta-feira, o Museu da República, onde o presidente Getúlio Vargas se suicidou em agosto de 1954, no Catete (zona sul do Rio), abrigará um evento dedicado à memória política.
A mostra "Autoritarismo, repressão e memória" abre às 18h30, com a entrega dos prontuários das polícias políticas brasileiras sobre os ex-presidentes Juscelino Kubitschek (1956-61) e João Goulart (1961-64) às suas famílias. Cada pasta tem mais de mil páginas produzidas por espiões de várias épocas.
Além de um seminário com conferências e mesas-redondas, haverá exibição de filmes e o lançamento de seis livros. Entre eles, "Anos Tormentosos", de Anita Prestes e Lígia Prestes, com parte da correspondência do líder comunista Luís Carlos Prestes escrita na prisão (1936-45).
Com 230 imagens do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro, organizador da mostra, será inaugurada a exposição "Arquivos da Relação", com fotografias e documentos de autoria, principalmente, da Divisão da Polícia Política e Social do antigo Distrito Federal, de 1945 a 1964.
Na rua da Relação, 40, centro do Rio, funcionaram as polícias políticas brasileiras, desde o começo do século, inclusive o Dops (Departamento de Ordem Política e Social), no regime militar.
Até hoje o prédio, mal conservado, é utilizado como repartição policial. O Arquivo Público pediu ao governo estadual a transferência do seu patrimônio para a velha sede do Dops. (MM)


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