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EUA dizem que disputa ainda não acabou
DE WASHINGTON
DA SUCURSAL DO RIO
O governo dos EUA considera que a disputa pelo fornecimento de 36 aviões de combate
ao Brasil não está encerrada e
reiterou que a proposta da
Boeing é "forte e competitiva".
"Entendemos que uma decisão final ainda não foi tomada",
disse um porta-voz do Departamento do Estado, que afirmou
que seu governo "apoia totalmente a venda" do F-18 e
"aprovou a transferência de toda a tecnologia necessária".
No fim de semana, a Casa
Branca comemorou o fim do último obstáculo para a transferência de tecnologia do F-18.
Foi quando o Congresso dos
EUA esgotou, sem levantar objeções, os 30 dias do prazo para
rever a proposta de venda. "Vamos continuar a trabalhar com
o Brasil em todos os aspectos
da competição até uma comunicação formal sobre a decisão", disse Paulo Guse, diretor
de comunicações da Boeing.
Pela proposta da Boeing, o°
F-18 sairia 40% mais barato
que o Rafale. Contra a oferta,
pesa o temor de vetos ao pacote
após mudanças na Casa Branca. A França é vista como fornecedor menos instável.
Analista do Center for International Policy, Adam Isacson
diz que a opção pelo Rafale seria um "golpe significativo para
a Boeing" e lembra que a indústria de armas dos EUA tem perdido espaço na América do Sul,
com a Colômbia e o Chile como
seus únicos clientes fiéis.
(SÉRGIO DÁVILA E CLAUDIA ANTUNES)
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