São Paulo, sexta-feira, 09 de outubro de 2009

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PT defende Dilma fora do governo já em fevereiro

Prazo final é só em abril, mas partido quer a ministra na campanha o quanto antes

Petistas também planejam lançar um livro sobre a vida e o pensamento de Dilma para ser usado na disputa pela Presidência em 2010


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do PT, Ricardo Berzoini (PT-SP), defendeu ontem que a ministra Dilma Rousseff deixe a Casa Civil em fevereiro do ano que vem para se dedicar à campanha à Presidência da República.
Entre 18 e 20 de fevereiro, o PT realizará seu 4º Congresso Nacional para comemorar os 30 anos da fundação do partido e discutir políticas de aliança e programa de governo. Dilma deve ser aclamada candidata do partido neste evento.
"A minha opinião, e a opinião de diversas pessoas no PT, é que, assim que ela for homologada candidata, fique 100% disponível para a campanha", disse. "Um mês e 10 dias é um tempo precioso, principalmente porque este será um momento de articulação muito intenso."
Pela Lei Eleitoral, os ministros que concorrerão a algum cargo em 2010 precisam deixar o governo somente em abril.
Lula, em outras ocasiões, defendeu que Dilma só saia do governo no tempo exigido pela lei. Ontem, Berzoini afirmou que a ideia de a ministra deixar o cargo mais cedo já foi levada ao presidente, mas que ele não teria sido taxativo a respeito. Segundo ele, Dilma também não tomou nenhuma decisão sobre a data de sua saída, mas teria sido "simpática" à ideia do PT.
Além de Lula, assessores defendem a permanência da ministra até a data final sob o argumento de que a Casa Civil lhe dá a possibilidade de usar atividades de trabalho para ganhar visibilidade em viagens.
O PT também discute a ideia de lançar um livro sobre a vida política e pessoal da ministra. O objetivo seria contar uma versão oficial sobre passagens da vida dela, como o período em que militou contra a ditadura.
Ontem, Dilma foi recebida em Salvador com gritos de "Dilma presidente" por convidados do aniversário do diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), Haroldo Lima. Sobre a reação, a ministra falou que o "clima pode ser de campanha, mas o dia é de festa".

Colaborou a Agência Folha, em Salvador



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