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PT defende Dilma fora do governo já em fevereiro
Prazo final é só em abril, mas partido quer a ministra na campanha o quanto antes
Petistas também planejam lançar um livro sobre a vida e o pensamento de Dilma para ser usado na disputa pela Presidência em 2010
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do PT, Ricardo
Berzoini (PT-SP), defendeu
ontem que a ministra Dilma
Rousseff deixe a Casa Civil em
fevereiro do ano que vem para
se dedicar à campanha à Presidência da República.
Entre 18 e 20 de fevereiro, o
PT realizará seu 4º Congresso
Nacional para comemorar os
30 anos da fundação do partido
e discutir políticas de aliança e
programa de governo. Dilma
deve ser aclamada candidata do
partido neste evento.
"A minha opinião, e a opinião
de diversas pessoas no PT, é
que, assim que ela for homologada candidata, fique 100% disponível para a campanha", disse. "Um mês e 10 dias é um tempo precioso, principalmente
porque este será um momento
de articulação muito intenso."
Pela Lei Eleitoral, os ministros que concorrerão a algum
cargo em 2010 precisam deixar
o governo somente em abril.
Lula, em outras ocasiões, defendeu que Dilma só saia do governo no tempo exigido pela lei.
Ontem, Berzoini afirmou que a
ideia de a ministra deixar o cargo mais cedo já foi levada ao
presidente, mas que ele não teria sido taxativo a respeito. Segundo ele, Dilma também não
tomou nenhuma decisão sobre
a data de sua saída, mas teria sido "simpática" à ideia do PT.
Além de Lula, assessores defendem a permanência da ministra até a data final sob o argumento de que a Casa Civil lhe
dá a possibilidade de usar atividades de trabalho para ganhar
visibilidade em viagens.
O PT também discute a ideia
de lançar um livro sobre a vida
política e pessoal da ministra. O
objetivo seria contar uma versão oficial sobre passagens da
vida dela, como o período em
que militou contra a ditadura.
Ontem, Dilma foi recebida
em Salvador com gritos de "Dilma presidente" por convidados
do aniversário do diretor-geral
da ANP (Agência Nacional do
Petróleo), Haroldo Lima. Sobre
a reação, a ministra falou que o
"clima pode ser de campanha,
mas o dia é de festa".
Colaborou a Agência Folha, em Salvador
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