São Paulo, sexta, 9 de outubro de 1998

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Ações do MST continuam

da Agência Folha, em Recife

O principal líder do MST em Pernambuco, Jaime Amorim, afirmou ontem que o conflito envolvendo sem-terra e policiais em Passira "não afeta" a disposição dos lavradores de saquear alimentos e invadir fazendas em Pernambuco.
"O incidente cria um rancor ainda maior. Já havíamos alertado o governo sobre o risco de um confronto com armas e nada foi feito", afirmou à Agência Folha. "Só não esperávamos que os tiros partissem da polícia."
Em entrevista publicada pela Folha no dia 30 de setembro, o líder declarou que os acampados têm enfrentado "muitos grupos armados" e admitiu a possibilidade de os lavradores recorrerem à luta armada para "evitar o massacre".
Amorim disse que o MST quer que o governo do Estado se responsabilize pelo caso ocorrido em Passira e "devolva o companheiro ferido como ele era antes".
Amorim foi ao acampamento da fazenda Condic, onde ocorreu o fato, e se reuniu com os acampados. Na assembléia, ouviu os relatos sobre o caso e pediu aos agricultores que mantivessem a disposição de lutar por terra e comida.
Procurado por telefone, o ministro da Política Fundiária, Raul Jungmann, não foi localizado ontem para comentar o caso.



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