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Ações do MST
continuam
da Agência Folha, em Recife
O principal líder do MST
em Pernambuco, Jaime
Amorim, afirmou ontem
que o conflito envolvendo
sem-terra e policiais em
Passira "não afeta" a disposição dos lavradores de
saquear alimentos e invadir
fazendas em Pernambuco.
"O incidente cria um
rancor ainda maior. Já havíamos alertado o governo
sobre o risco de um confronto com armas e nada
foi feito", afirmou à Agência Folha. "Só não esperávamos que os tiros partissem da polícia."
Em entrevista publicada
pela Folha no dia 30 de setembro, o líder declarou
que os acampados têm enfrentado "muitos grupos
armados" e admitiu a possibilidade de os lavradores
recorrerem à luta armada
para "evitar o massacre".
Amorim disse que o MST
quer que o governo do Estado se responsabilize pelo
caso ocorrido em Passira e
"devolva o companheiro
ferido como ele era antes".
Amorim foi ao acampamento da fazenda Condic,
onde ocorreu o fato, e se
reuniu com os acampados.
Na assembléia, ouviu os relatos sobre o caso e pediu
aos agricultores que mantivessem a disposição de lutar por terra e comida.
Procurado por telefone, o
ministro da Política Fundiária, Raul Jungmann, não
foi localizado ontem para
comentar o caso.
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