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TRANSIÇÃO
Grupo tem 52 participantes, entre coordenadores, técnicos e assessores
Com mais dez nomes, Lula completa a equipe técnica
ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O coordenador da equipe de
transição pelo PT, Antônio Palocci Filho, anunciou ontem o nome
dos dez últimos integrantes da
equipe. O grupo, agora completo,
tem 52 participantes -incluindo
Palocci e o coordenador-adjunto
Luiz Gushiken-, sendo 27 técnicos e demais assessores.
Na próxima semana, enquanto
os técnicos se debruçam sobre informações fornecidas pelo governo, Palocci vai cumprir uma
agenda de visitas a ministérios. Já
estão confirmadas reuniões na
Fazenda, Desenvolvimento e Planejamento, ficando Educação
ainda pendente de acertos finais.
Entre os nomes divulgados ontem estão o de Míriam Belchior,
ex-mulher do prefeito assassinado Celso Daniel e atual secretária
de Inclusão Social e Habitação da
Prefeitura de Santo André, Luiz
Eduardo Soares, ex-coordenador
de Segurança, Justiça e Cidadania
do Rio de Janeiro, e Hermínia
Maricato, ex-secretária de Habitação da Prefeitura de São Paulo.
Está prevista para terça-feira a
primeira reunião geral com o grupo escalado para a transição. A
equipe, segundo Palocci, vai se dividir por temas, não necessariamente de acordo com a distribuição dos ministérios.
Além dos programas do governo federal em andamento, há
uma lista de temas que a equipe
de transição acompanha. Entre as
preocupações estão o Orçamento
de 2003, em tramitação no Congresso, e a queda prevista para as
receitas da União. Tentando contemporizar o desafio de fazer caber o programa do PT no Orçamento herdado do último ano de
FHC, ele disse que "Orçamento de
governo que sai é sempre uma dificuldade", dando a entender que
não há muitas alternativas.
Em tom otimista, indicou que,
apesar da previsão de um "ano de
restrições", o partido não deixará
de iniciar seus projetos de emergência social. "É possível equilibrar dificuldades econômicas
com investimentos sociais."
O PT pretende contar, para implantar seu principal projeto, o
Fome Zero, com a "solidariedade", dando à iniciativa uma certa
autonomia em relação às restrições orçamentárias. Palocci destacou o apoio já declarado do
Banco Mundial, do Banco Interamericano de Desenvolvimento,
da FAO (órgão das Nações Unidas para a alimentação).
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