São Paulo, sábado, 09 de novembro de 2002

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TRANSIÇÃO

Grupo tem 52 participantes, entre coordenadores, técnicos e assessores

Com mais dez nomes, Lula completa a equipe técnica

ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O coordenador da equipe de transição pelo PT, Antônio Palocci Filho, anunciou ontem o nome dos dez últimos integrantes da equipe. O grupo, agora completo, tem 52 participantes -incluindo Palocci e o coordenador-adjunto Luiz Gushiken-, sendo 27 técnicos e demais assessores.
Na próxima semana, enquanto os técnicos se debruçam sobre informações fornecidas pelo governo, Palocci vai cumprir uma agenda de visitas a ministérios. Já estão confirmadas reuniões na Fazenda, Desenvolvimento e Planejamento, ficando Educação ainda pendente de acertos finais.
Entre os nomes divulgados ontem estão o de Míriam Belchior, ex-mulher do prefeito assassinado Celso Daniel e atual secretária de Inclusão Social e Habitação da Prefeitura de Santo André, Luiz Eduardo Soares, ex-coordenador de Segurança, Justiça e Cidadania do Rio de Janeiro, e Hermínia Maricato, ex-secretária de Habitação da Prefeitura de São Paulo.
Está prevista para terça-feira a primeira reunião geral com o grupo escalado para a transição. A equipe, segundo Palocci, vai se dividir por temas, não necessariamente de acordo com a distribuição dos ministérios.
Além dos programas do governo federal em andamento, há uma lista de temas que a equipe de transição acompanha. Entre as preocupações estão o Orçamento de 2003, em tramitação no Congresso, e a queda prevista para as receitas da União. Tentando contemporizar o desafio de fazer caber o programa do PT no Orçamento herdado do último ano de FHC, ele disse que "Orçamento de governo que sai é sempre uma dificuldade", dando a entender que não há muitas alternativas.
Em tom otimista, indicou que, apesar da previsão de um "ano de restrições", o partido não deixará de iniciar seus projetos de emergência social. "É possível equilibrar dificuldades econômicas com investimentos sociais."
O PT pretende contar, para implantar seu principal projeto, o Fome Zero, com a "solidariedade", dando à iniciativa uma certa autonomia em relação às restrições orçamentárias. Palocci destacou o apoio já declarado do Banco Mundial, do Banco Interamericano de Desenvolvimento, da FAO (órgão das Nações Unidas para a alimentação).


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