São Paulo, sábado, 09 de novembro de 2002

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FINANCIAMENTO

Gerdau deu R$ 1,31 mi

Klabin fez 11 doações à campanha de Ciro

SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A empresa Klabin, da família do empresário Pedro Piva, que é suplente do senador José Serra (PSDB-SP), fez 11 doações para a campanha presidencial de Ciro Gomes (PPS), que somaram R$ 397 mil, conforme prestação de contas entregue ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Ciro foi o principal adversário de Serra em determinada fase da campanha, quando estava em segundo lugar nas pesquisas eleitorais. O tucano usou a propaganda eleitoral para atacá-lo. O candidato do PPS terminou em quarto lugar, e Serra disputou o segundo turno com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
Ciro declarou ter arrecadado R$ 16,338 milhões, sendo R$ 13,943 milhões pelo comitê financeiro do PPS e R$ 2,395 milhões pelo PTB, que integrou a sua coligação. As despesas teriam sido um pouco inferiores aos gastos, com sobra de R$ 28 mil em dinheiro e de outros R$ 81 mil em bens e materiais permanentes.
As 11 doações da Klabin são estimadas, ou seja, são relativas a serviços prestados à campanha. O maior volume de recursos foi do grupo Gerdau, com R$ 1,315 milhão, em dinheiro e serviços.
Outros três doadores chegaram à cifra de R$ 1 milhão cada um: Banco de Crédito Real de Minas Gerais, Sodepa (Sociedade de Empreendimentos Publicidade e Participações) e Recoforma Indústria do Amazonas.
Juntas, cinco empreiteiras doaram R$ 2,02 milhões: R$ 700 mil da Geral Damulakis Engenharia, R$ 500 mil da Odebrecht, R$ 400 mil da Construtel, R$ 250 mil da Construtora OAS e R$ 170 mil da Camargo Corrêa.
O tesoureiro da campanha, Márcio Araújo de Lacerda, empresário do ramo de telecomunicações em Minas Gerais, fez uma doação estimada em R$ 550 mil, relativa ao serviço de um site criado para a campanha.
As principais despesas foram R$ 3,212 milhões com propaganda e publicidade, R$ 2,071 milhões com pesquisas e testes pré-eleitorais e R$ 1,5 milhão com produções audiovisuais.
A campanha de Ciro foi muito mais cara que a de Anthony Garotinho (PSB), que ficou em terceiro lugar, com 15.175.729 votos, e disse ter gasto R$ 3,211 milhões.
Ciro prestou contas fora do prazo. Se a documentação estiver regular, o TSE deverá aprová-la com ressalva quanto ao atraso. Serra e Lula têm até 26 de novembro para prestar contas ao TSE.


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