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FINANCIAMENTO
Gerdau deu R$ 1,31 mi
Klabin fez 11 doações à campanha de Ciro
SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A empresa Klabin, da família do
empresário Pedro Piva, que é suplente do senador José Serra
(PSDB-SP), fez 11 doações para a
campanha presidencial de Ciro
Gomes (PPS), que somaram R$
397 mil, conforme prestação de
contas entregue ao TSE (Tribunal
Superior Eleitoral).
Ciro foi o principal adversário
de Serra em determinada fase da
campanha, quando estava em segundo lugar nas pesquisas eleitorais. O tucano usou a propaganda
eleitoral para atacá-lo. O candidato do PPS terminou em quarto lugar, e Serra disputou o segundo
turno com o presidente eleito
Luiz Inácio Lula da Silva.
Ciro declarou ter arrecadado R$
16,338 milhões, sendo R$ 13,943
milhões pelo comitê financeiro
do PPS e R$ 2,395 milhões pelo
PTB, que integrou a sua coligação. As despesas teriam sido um
pouco inferiores aos gastos, com
sobra de R$ 28 mil em dinheiro e
de outros R$ 81 mil em bens e materiais permanentes.
As 11 doações da Klabin são estimadas, ou seja, são relativas a serviços prestados à campanha. O
maior volume de recursos foi do
grupo Gerdau, com R$ 1,315 milhão, em dinheiro e serviços.
Outros três doadores chegaram
à cifra de R$ 1 milhão cada um:
Banco de Crédito Real de Minas
Gerais, Sodepa (Sociedade de
Empreendimentos Publicidade e
Participações) e Recoforma Indústria do Amazonas.
Juntas, cinco empreiteiras doaram R$ 2,02 milhões: R$ 700 mil
da Geral Damulakis Engenharia,
R$ 500 mil da Odebrecht, R$ 400
mil da Construtel, R$ 250 mil da
Construtora OAS e R$ 170 mil da
Camargo Corrêa.
O tesoureiro da campanha,
Márcio Araújo de Lacerda, empresário do ramo de telecomunicações em Minas Gerais, fez uma
doação estimada em R$ 550 mil,
relativa ao serviço de um site criado para a campanha.
As principais despesas foram
R$ 3,212 milhões com propaganda e publicidade, R$ 2,071 milhões com pesquisas e testes pré-eleitorais e R$ 1,5 milhão com
produções audiovisuais.
A campanha de Ciro foi muito
mais cara que a de Anthony Garotinho (PSB), que ficou em terceiro
lugar, com 15.175.729 votos, e disse ter gasto R$ 3,211 milhões.
Ciro prestou contas fora do prazo. Se a documentação estiver regular, o TSE deverá aprová-la
com ressalva quanto ao atraso.
Serra e Lula têm até 26 de novembro para prestar contas ao TSE.
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