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Em São Paulo, Alckmin cai e disputa liderança com Marta
Pesquisa Datafolha aponta que tucano tem 26% das intenções de voto e petista, 25%
Atual prefeito, Gilberto Kassab (DEM) passou de 10% para 13% desde a última pesquisa realizada pelo instituto, em agosto
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-governador Geraldo
Alckmin (PSDB) e a ministra
do Turismo, Marta Suplicy
(PT), estariam tecnicamente
empatados na liderança da corrida pela prefeitura paulistana,
revela pesquisa Datafolha.
Se a eleição fosse hoje, o tucano teria 26% das intenções de
voto. Ele perdeu quatro pontos
percentuais em relação ao levantamento anterior, feito em
agosto. Marta oscilou um ponto
para cima e está com 25%, seguida pelo prefeito Gilberto
Kassab (DEM), que ganhou
três pontos e soma 13% no cenário em que os três são apresentados ao eleitor.
A pesquisa foi realizada entre
26 e 29 de novembro, com
1.089 moradores da capital
paulista a partir de 16 anos. A
margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou
para menos, o que justifica o
empate técnico dos líderes.
Os resultados devem acirrar
ainda mais os ânimos nos bastidores da aliança PSDB-DEM,
que está à frente da prefeitura
paulistana e do governo do
Estado, já que o tucano também perdeu pontos no cenário
sem o prefeito Kassab. Ele caiu
de 37% para 29% e repete o
empate técnico com Marta, que
foi de 23% para 27% das intenções de voto.
Quando Alckmin é retirado
da disputa, Marta lidera isolada
com 28% (um ponto a mais do
que em agosto), seguida por
Kassab, que se manteve estável
na casa dos 20%.
Até agora, nenhum dos três
primeiros colocados anunciou
oficialmente a intenção de concorrer no ano que vem.
Do lado petista, o levantamento promete aumentar a
pressão interna para que a ministra e ex-prefeita de São Paulo aceite concorrer novamente.
Arlindo Chinaglia (PT), presidente da Câmara, alcança apenas 1% quando substitui Marta.
Ele foi o único petista testado
na hipótese de Marta não aceitar a possibilidade de disputar.
Em agosto, na pesquisa anterior do Datafolha sobre a sucessão na capital, a ministra enfrentava críticas por conta de
sua declaração relativa à crise
aérea. "Relaxa e goza", sugeriu
ela aos passageiros.
No mesmo período, Alckmin,
candidato a presidente derrotado em 2006, estava em exposição por ter retornado de um
período de estudos nos EUA, e
Kassab, no cargo há pouco mais
de um ano, havia iniciado uma
campanha de publicidade.
Renda e escolaridade
A queda do tucano se deu
principalmente em segmentos
de maior renda e com escolaridade superior, justamente os
mesmos nos quais ele tem as
mais altas taxas de intenção de
voto no levantamento.
Entre os que têm renda superior a dez salários mínimos,
Alckmin perdeu 12 pontos após
agosto, caindo de 50% para
38%. Marta, nesse estrato, saltou de 9% para 19%.
Alckmin também viu sua
condição piorar no outro extremo da segmentação por renda.
Ele foi de 27% para 17% das intenções de voto entre os que recebem até dois salários mínimos, metade do que obtém a
petista Marta. O tucano, no entanto, continua líder entre os
mais escolarizados, embora tenha perdido oito pontos nesse
segmento -de 43% para 35%.
Os demais candidatos apenas
oscilaram nesse quesito.
O crescimento de Kassab, vice de José Serra (PSDB) até
março de 2006, não foi suficiente para que ele assumisse
sozinho a ponta no cenário sem
Alckmin e sem Marta. O democrata, com 22%, está empatado
na liderança com Luiza Erundina (PSB), 21%, e com Paulo
Maluf (PP), 18%.
Novo nome
O Datafolha também incluiu
a vereadora Soninha (PPS) no
levantamento. Ela deixou o PT
em setembro e anunciou a intenção de disputar a prefeitura.
Quando testada no cenário
com Alckmin, Marta e Kassab,
Soninha obtém 2%, e a ministra oscila de 25% para 24%.
O ex-partido da vereadora teme que ela, caso candidata, trafegue na mesma faixa de eleitorado da ex-prefeita.
As ausências do tucano e da
ministra possibilitam que Paulinho (PDT) consiga seu melhor desempenho, 7%. O mesmo acontece com Aldo Rebelo (PC do B), 3%, e Soninha, 4%.
O percentual dos que dizem
espontaneamente (antes da
apresentação dos nomes) que
gostariam de votar em Kassab
oscilou de 8% para 10%; em
Marta foi de 8% para 7%; e em
Alckmin, de 5% para 4%.
O governador José Serra e
Maluf são citados espontaneamente por 2% cada um. Desde
agosto, aumentou nove pontos
a taxa dos que não sabem citar
em quem gostariam de votar
para prefeito (50% para 59%).
Confira todas as tabelas da pesquisa em 9 cidades www.datafolha.com.br
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