|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
outro lado
Senador não comenta caso; irmã não se manifesta
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Informado sobre o teor da reportagem por meio de sua assessoria, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP),
não quis comentar o caso.
Ele está de licença médica do
cargo desde a última terça. Deve retornar ao Senado amanhã.
Durante duas semanas, a
Folha tentou falar com Ana
Maria da Costa Bastos e deixou
recados em sua casa, em São
Luís, mas ela não ligou de volta.
O endereço que consta em
seu cadastro no Senado fica em
Brasília. No local, a Folha localizou sua filha, Valéria da Costa
Bastos. Ela diz que a mãe nunca trabalhou para Sarney.
"Até onde eu sei, ela nunca
trabalhou no Senado", disse.
Último chefe de Ana Maria e
responsável por sua exoneração do Senado em outubro de
2008, o senador Edison Lobão
Filho (PMDB-MA) afirmou
que não conhece a irmã de Sarney. "Ela, possivelmente, deveria atender ao meu pai no Estado [Maranhão]. Eu não sei
quem é", disse o congressista.
Lobão Filho disse também
que não sabe explicar porque
Ana Maria foi demitida em outubro de 2008, justamente
quando o STF (Supremo Tribunal Federal) proibiu o nepotismo nos três Poderes.
O senador afirmou ainda que
não sabia que Ana Maria era irmã do presidente do Senado.
O ministro Edison Lobão
(Minas e Energia) não respondeu, até o encerramento desta
edição, aos recados deixados
pela reportagem com a assessoria da pasta. Ele foi responsável pela nomeação de Ana Maria depois que ela deixou o gabinete de Sarney. Ana Maria
trabalhou no gabinete do senador de julho de 2005 até 2008.
Acusado de ser o mentor dos
atos secretos no Senado, o ex-diretor-geral da Casa Agaciel
Maia disse que é inocente. Ele
afirma que o caso está sub judice e não dará mais detalhes.
Texto Anterior: Saiba mais: Desfecho do caso dos atos secretos fica para 2010 Próximo Texto: Arruda ganha mais prazo para defesa em dois fronts Índice
|