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Orçamento é limitador, diz Resende
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O novo presidente do Incra
(Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), o geógrafo Marcelo Resende, 33, defende a
desapropriação de terras como
principal instrumento da reforma
agrária.
Folha - Qual a meta de assentamentos?
Marcelo Resende - A orientação
é assentarmos imediatamente as
famílias acampadas. Mas estamos
tomando pé do Incra agora. Temos de fazer alguns levantamentos antes de tratar de números.
Folha - O MST fala em 80 mil famílias. Haverá recursos?
Resende - A questão orçamentária será um limitador.
Folha - O senhor concorda com a
MP que exclui da reforma agrária
por dois anos as famílias que invadem terra?
Resende - Propus ao ministro
[Miguel" Rossetto a formação de
quatro grupos de trabalho. O primeiro fará um levantamento de
ordem jurídica. Um outro analisará a estrutura funcional do Incra. O terceiro avaliará o Orçamento. No quarto grupo, começaremos já o plano nacional de reforma agrária, que será construído com a participação de todos os
envolvidos nessa luta.
Folha - Haverá mais tolerância
com as invasões de terras?
Resende - De forma alguma. Estaremos construindo instrumentos efetivos de parceria com os
movimentos sociais para esse
grande projeto de reforma agrária.
Folha - Quais serão seus principais desafios?
Resende - Acelerar o processo
de obtenção e arrecadação de terras e assentar com maior qualidade as famílias.
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