São Paulo, sexta-feira, 10 de janeiro de 2003

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Orçamento é limitador, diz Resende

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O novo presidente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), o geógrafo Marcelo Resende, 33, defende a desapropriação de terras como principal instrumento da reforma agrária.
 

Folha - Qual a meta de assentamentos?
Marcelo Resende
- A orientação é assentarmos imediatamente as famílias acampadas. Mas estamos tomando pé do Incra agora. Temos de fazer alguns levantamentos antes de tratar de números.

Folha - O MST fala em 80 mil famílias. Haverá recursos?
Resende
- A questão orçamentária será um limitador.

Folha - O senhor concorda com a MP que exclui da reforma agrária por dois anos as famílias que invadem terra?
Resende
- Propus ao ministro [Miguel" Rossetto a formação de quatro grupos de trabalho. O primeiro fará um levantamento de ordem jurídica. Um outro analisará a estrutura funcional do Incra. O terceiro avaliará o Orçamento. No quarto grupo, começaremos já o plano nacional de reforma agrária, que será construído com a participação de todos os envolvidos nessa luta.

Folha - Haverá mais tolerância com as invasões de terras?
Resende
- De forma alguma. Estaremos construindo instrumentos efetivos de parceria com os movimentos sociais para esse grande projeto de reforma agrária.

Folha - Quais serão seus principais desafios?
Resende
- Acelerar o processo de obtenção e arrecadação de terras e assentar com maior qualidade as famílias.


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