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Secretário prega "transparência"
DO ENVIADO A BRASÍLIA
O paraibano Eugênio Peixoto
afirmou ontem que a militância
em movimentos sociais o preparou para a nova Secretaria de
Reestruturação Fundiária. Sem
dinheiro em caixa, ele disse ainda
que aposta na transparência para
negociar com seus companheiros.
Folha - O que muda na sua secretaria com o novo nome?
Eugênio Peixoto- A reforma
agrária é mais ampla do que a necessidade de acesso à terra. Há
outros mecanismos para fazer
reestruturação fundiária. É nessa
perspectiva que a secretaria intervém: identificar mecanismos
complementares de acesso à terra, que permitam, em áreas onde
não é possível fazer desapropriação, estabelecer procedimentos
para que a posse seja socializada.
Folha - Dê um exemplo prático.
Peixoto- Um exemplo é o crédito fundiário. Para uma área que
não é passível de desapropriação
e é objeto de interesse de um grupo que não tem recursos para pagar por ela, cabe ao Estado ter um
programa de crédito fundiário.
Folha - O fato de o sr. ter militado
em movimentos sociais influirá em
sua atuação?
Peixoto - Esse fato me dá uma
grande obrigação. Eu sei o que é
ficar do outro lado da mesa esperando a ação pública para resolver problemas concretos que precisavam ser resolvidos ontem.
Folha - Se faltar dinheiro para resolver uma questão, o que fará?
Peixoto- Terá de ser dito. A tônica do governo será transparência.
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