São Paulo, sexta-feira, 10 de janeiro de 2003

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Secretário prega "transparência"

DO ENVIADO A BRASÍLIA

O paraibano Eugênio Peixoto afirmou ontem que a militância em movimentos sociais o preparou para a nova Secretaria de Reestruturação Fundiária. Sem dinheiro em caixa, ele disse ainda que aposta na transparência para negociar com seus companheiros.
 

Folha - O que muda na sua secretaria com o novo nome?
Eugênio Peixoto
- A reforma agrária é mais ampla do que a necessidade de acesso à terra. Há outros mecanismos para fazer reestruturação fundiária. É nessa perspectiva que a secretaria intervém: identificar mecanismos complementares de acesso à terra, que permitam, em áreas onde não é possível fazer desapropriação, estabelecer procedimentos para que a posse seja socializada.

Folha - Dê um exemplo prático.
Peixoto
- Um exemplo é o crédito fundiário. Para uma área que não é passível de desapropriação e é objeto de interesse de um grupo que não tem recursos para pagar por ela, cabe ao Estado ter um programa de crédito fundiário.

Folha - O fato de o sr. ter militado em movimentos sociais influirá em sua atuação?
Peixoto
- Esse fato me dá uma grande obrigação. Eu sei o que é ficar do outro lado da mesa esperando a ação pública para resolver problemas concretos que precisavam ser resolvidos ontem.

Folha - Se faltar dinheiro para resolver uma questão, o que fará?
Peixoto
- Terá de ser dito. A tônica do governo será transparência.


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