São Paulo, sábado, 10 de março de 2007

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Para Bush, álcool é arma contra "dependência"

PEDRO DIAS LEITE
EM SÃO PAULO

O presidente dos EUA, George W. Bush, disse ontem que o seu interesse no programa de álcool combustível do Brasil se deve a uma "questão de segurança nacional".
"Se você depende de petróleo de países de outros continentes, há uma questão de segurança nacional. Depender da energia de outro lugar significa que depender das decisões tomadas em outro lugar", disse ao lado do presidente Lula, em Guarulhos.
O brasileiro cobrou, sem usar o termo, a transformação do álcool e dos biocombustíveis em commodities, o que facilitaria investimentos e abriria mercados. "É preciso criar as bases para um mercado mundial de biocombustíveis", afirmou.
Os presidentes visitaram uma unidade da Transpetro, por onde passam todo mês 14 milhões de litros de biodiesel e 10 milhões de álcool. Lá, Bush recebeu uma "aulinha" sobre os processos de produção de biocombustíveis e do álcool a partir da cana-de-açúcar.
"Isso [álcool] dá ao Brasil uma imensa vantagem nos mercados mundiais. A cana-de-açúcar é, de longe, o material mais eficiente para a produção de etanol (...). Eu parabenizo o senhor e a Petrobras por estar na liderança dessa mudança tecnológica", disse o norte-americano.
A frase foi interpretada pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, como um sinal de que, no futuro, as barreiras contra o álcool brasileiro vão naturalmente cair, apesar da negativa do próprio Bush horas mais tarde.


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