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Outro lado
Parlamentares citados negam irregularidades
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os deputados citados no
relatório preliminar da CPI
das ONGs que a reportagem
conseguiu ouvir negaram ter
cometido irregularidade. Argumentaram ainda que precisam conhecer o conteúdo
do documento elaborado pela equipe técnica da comissão para poder se defender.
A deputada Sandra Rosado
(PSB-RN) reconheceu que
seu ex-genro é o atual presidente da Fundação Vignt Rosado e que uma ex-funcionária do seu gabinete é a secretária-executiva da entidade,
mas disse que não cometeu
ilegalidade ao apresentar
emendas para a fundação. "É
uma entidade séria que presta atendimento à comunidade carente", disse. "As contas
foram aprovadas pelo Ministério da Saúde", completou.
O deputado Adão Pretto
(PT-RS) disse que as relações
entre gabinetes parlamentares, fundações e cooperativas
foram investigadas pela CPI
da Terra, em 2005. "Entidades que receberam recursos
por meio de emendas de minha autoria estiveram na
CPI e não se constatou nenhuma irregularidade."
O deputado Marco Maia
(PT-RS) afirmou que o funcionário citado no relatório
trabalhou em seu gabinete
apenas no início de seu mandato e que não executava tarefas relativas a apresentação de emendas. "Não há nenhum envolvimento meu
com qualquer esquema com
ONGs. Essa acusação não
pode ser feita de forma leviana", afirmou.
O deputado Assis Miguel
do Couto (PT-PR) disse que
nunca beneficiou fundações,
sindicatos, ONGs ou cooperativas de amigos e que sempre procurou distribuir de
forma equânime recursos
para entidades sociais. "No
meu primeiro mandato
[2003 a 2006], distribuí cerca de R$ 500 mil para 30 entidades. Estamos falando de
gente honesta. As entidades
existem, estão lá", afirmou.
O ex-presidente da Adebrac e diretor do Cenep Jair
Heitor Duarte negou desvio
de recursos. Ele disse que
distribuirá à CPI das ONGs,
amanhã, relatório com balanço das entidades para
mostrar que não houve mau
uso do dinheiro público.
A Folha não conseguiu falar com o deputado Anselmo
de Jesus (PT-RO), com o ex-ministro Walfrido dos Mares
Guia nem com seu ex-assessor Marco Aurélio Penzim e
não conseguiu contatar a Federação de Convention & Visitors Bureaux de Minas. A
assessoria de Nárcio Rodrigues (PSDB-MG) disse que
ele não se manifestaria.
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