São Paulo, segunda-feira, 10 de março de 2008

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Outro lado

Parlamentares citados negam irregularidades

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os deputados citados no relatório preliminar da CPI das ONGs que a reportagem conseguiu ouvir negaram ter cometido irregularidade. Argumentaram ainda que precisam conhecer o conteúdo do documento elaborado pela equipe técnica da comissão para poder se defender.
A deputada Sandra Rosado (PSB-RN) reconheceu que seu ex-genro é o atual presidente da Fundação Vignt Rosado e que uma ex-funcionária do seu gabinete é a secretária-executiva da entidade, mas disse que não cometeu ilegalidade ao apresentar emendas para a fundação. "É uma entidade séria que presta atendimento à comunidade carente", disse. "As contas foram aprovadas pelo Ministério da Saúde", completou.
O deputado Adão Pretto (PT-RS) disse que as relações entre gabinetes parlamentares, fundações e cooperativas foram investigadas pela CPI da Terra, em 2005. "Entidades que receberam recursos por meio de emendas de minha autoria estiveram na CPI e não se constatou nenhuma irregularidade."
O deputado Marco Maia (PT-RS) afirmou que o funcionário citado no relatório trabalhou em seu gabinete apenas no início de seu mandato e que não executava tarefas relativas a apresentação de emendas. "Não há nenhum envolvimento meu com qualquer esquema com ONGs. Essa acusação não pode ser feita de forma leviana", afirmou.
O deputado Assis Miguel do Couto (PT-PR) disse que nunca beneficiou fundações, sindicatos, ONGs ou cooperativas de amigos e que sempre procurou distribuir de forma equânime recursos para entidades sociais. "No meu primeiro mandato [2003 a 2006], distribuí cerca de R$ 500 mil para 30 entidades. Estamos falando de gente honesta. As entidades existem, estão lá", afirmou.
O ex-presidente da Adebrac e diretor do Cenep Jair Heitor Duarte negou desvio de recursos. Ele disse que distribuirá à CPI das ONGs, amanhã, relatório com balanço das entidades para mostrar que não houve mau uso do dinheiro público.
A Folha não conseguiu falar com o deputado Anselmo de Jesus (PT-RO), com o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia nem com seu ex-assessor Marco Aurélio Penzim e não conseguiu contatar a Federação de Convention & Visitors Bureaux de Minas. A assessoria de Nárcio Rodrigues (PSDB-MG) disse que ele não se manifestaria.


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