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Governo enquadra ministros "twitteiros"
Cartilha feita pela Advocacia Geral da União regulará comportamento de funcionários públicos na eleição
FERNANDO RODRIGUES
VALDO CRUZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo decidiu editar
uma cartilha sobre como devem se comportar todos os funcionários públicos durante o
processo eleitoral neste ano.
Haverá seminários para instruir ministros e assessores de
alto escalão. O primeiro será na
próxima terça-feira. Entre as
recomendações estará a de que
os integrantes do governo não
devem usar seus computadores
e aparelhos de celular funcionais para escrever mensagens
em sites de relacionamento social, como Facebook e Twitter.
Vários ministros hoje usam
de maneira constante o microblog Twitter. Paulo Bernardo
(Planejamento) e Alexandre
Padilha (Relações Institucionais) dão opiniões durante o
dia, em seus horários de trabalho. A partir de agora, terão de
usar telefones particulares, e
depois do expediente.
A Advocacia Geral da União
não sabe responder como funcionarão as exceções.
Luis Inácio Lucena Adams,
advogado-geral da União, foi
quem coordenou a força-tarefa
para elaborar a cartilha "Condutas vedadas aos agentes públicos federais em eleições". A
AGU é órgão no governo encarregado de defender os integrantes do Poder Executivo.
Não é a primeira vez que o
governo federal faz uma cartilha eleitoral, mas é a mais ampla iniciativa. Além da AGU,
participaram o Ministério do
Planejamento, a Casa Civil e a
Comissão de Ética Pública da
Presidência de República.
Na versão da cartilha à qual a
Folha teve acesso (o lançamento oficial deve ser até segunda-feira), o texto diz que "o ato do
agente público é ilícito quando
sua ação intervier no processo
político-eleitoral, beneficiando
partido, coligação ou candidato, de maneira a influenciar a
consciência eleitoral do cidadão", e alerta que "atos que desviam da sua finalidade pública
podem ser considerados de improbidade administrativa".
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