São Paulo, segunda-feira, 10 de abril de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

OUTRO LADO
"Não conheço esta pessoa", diz Flávio

FERNANDO RODRIGUES
da Sucursal de Brasília

O empresário Flávio Maluf, presidente da Eucatex, disse ontem de manhã que não conhece o brasileiro Oscar de Barros, preso em Miami. Negou também ter algum relacionamento com a Overland Advisory Services, empresa de Barros.
"Eu não conheço essa pessoa (Barros). Nunca o vi na minha vida. Estou tranquilo, embora chateado por meu nome aparecer em vão. Nunca soube dos negócios dele, nem conheço sua empresa", declarou.
Sobre o fato de seu nome aparecer na intimação a que a Folha teve acesso, Flávio disse:
"Ele é quem tem de explicar por que meu nome estaria entre documentos ou papéis apreendidos em sua empresa. Se é que sou eu mesmo, se é que era mesmo o meu nome, e se é que existe algum papel ou documento."
O filho de Paulo Maluf respondeu ao telefonema da Folha, que havia deixado um recado em seu telefone celular logo depois das 9h. Por volta de 10h,Flávio telefonou.
"Vou constituir um advogado norte-americano, em Nova York, para saber detalhes dessa lista. Sou o principal interessado em esclarecer a situação, já que nada devo. Quero esclarecer também como é que meu nome apareceu nesta lista e vou processar os responsáveis por isso nos Estados Unidos."
Sobre José Maria Teixeira Ferraz, o outro brasileiro preso junto com Barros em Miami, Flávio disse conhecê-lo de nome. "Conheço um parente dele no Brasil e sabia que um Teixeira Ferraz morava em Miami. Mas não o conheço pessoalmente."
O reverendo presbiteriano Caio Fábio d'Araújo Filho não foi encontrado pela Folha. Seus advogados informaram que seria difícil localizá-lo ontem.
Caio Fábio tem dois advogados para atendê-lo no caso do dossiê Caribe: Nilo Batista, no Rio, e José Gerardo Grossi, em Brasília.
A declaração de Nilo Batista a respeito do caso foi a seguinte:
"Esse processo é uma coisa que só pode ser benéfica para ele (Caio Fábio). É conhecido que o Caio queria desenvolver a TV Vinde em Miami. E que Oscar de Barros iniciou um processo para obtenção de crédito. Mas nada se realizou. Não houve o investimento, por isso o Caio não está preocupado. Não entrou dinheiro na Vinde". A TV Vinde era uma emissora controlada por Caio Fábio.
Em Miami, a Folha ligou e esteve na casa do empresário Paulo Sérgio Rosa, citado no documento. A informação dada foi de que ele não estava e que não poderia ser localizado.


Texto Anterior: Fora do Brasil: FBI investiga ações de filho de Maluf
Próximo Texto: Investigação de dossiê não foi concluída
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.