São Paulo, quinta-feira, 10 de abril de 2008

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Prefeituras negam participação em fraude

DA AGÊNCIA FOLHA

Duas prefeituras investigadas na Operação Pasárgada e contatadas ontem pela Folha confirmaram a contratação de escritórios de advocacia sob suspeita, mas negaram fraude em operações para liberação de recursos do Fundo de Participação dos Municípios.
O secretário de Governo de Conselheiro Lafaiete (MG), Diarlhes Benjamin, disse que a prefeitura contratou um escritório de "notória especialidade" para defender o município. Ele negou irregularidades.
A vitória da prefeitura na Justiça, de acordo com ele, rendeu R$ 10 milhões aos cofres municipais até agora.
A Prefeitura de Vespasiano (MG) também confirmou a contratação de um dos escritórios investigados pela PF, mas informou que o ganho de causa não se deve a irregularidades.
Em Divinópolis (MG), a administração municipal afirmou que o prefeito recebeu representantes de um escritório investigado pela PF em 2005, mas, orientado pelo setor jurídico, não contratou os serviços.
As prefeituras mineiras de Timóteo, Rubim e Cachoeira da Prata confirmaram as prisões dos prefeitos, mas afirmaram desconhecer as razões das detenções.
A Prefeitura de Juiz de Fora (MG) informou, em nota, que vai esperar a conclusão das investigações para se pronunciar sobre o assunto.
A chefia de gabinete da Prefeitura de Ervália (MG) negou irregularidades.
A Folha procurou também ontem as prefeituras mineiras de Almenara, Minas Novas, Cachoeira da Prata e Salto da Divisa, mas ninguém foi encontrado para comentar o caso. A reportagem também não conseguiu contatar integrantes das prefeituras de Sobradinho e Itabela, ambas na Bahia.

Outros envolvidos
A superintendência da Caixa Econômica Federal em Minas Gerais afirmou que não se pronunciará para não prejudicar as investigações.
A Justiça Federal em Minas informou, por meio da assessoria de imprensa, que desconhece as irregularidades apuradas pela Polícia Federal e que não sabe qual foi o juiz federal envolvido no caso.
O deputado estadual Dalmo Ribeiro (PSDB-MG), que teve um assessor detido ontem na operação, negou envolvimento com as suspeitas de irregularidade. De acordo com a assessoria do parlamentar, foram apreendidas duas agendas na sala de Soares na Assembléia Legislativa. (PABLO SOLANO e FELIPE BÄCHTOLD)


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