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Prefeituras negam participação em fraude
DA AGÊNCIA FOLHA
Duas prefeituras investigadas na Operação Pasárgada e
contatadas ontem pela Folha
confirmaram a contratação de
escritórios de advocacia sob
suspeita, mas negaram fraude
em operações para liberação de
recursos do Fundo de Participação dos Municípios.
O secretário de Governo de
Conselheiro Lafaiete (MG),
Diarlhes Benjamin, disse que a
prefeitura contratou um escritório de "notória especialidade" para defender o município.
Ele negou irregularidades.
A vitória da prefeitura na
Justiça, de acordo com ele, rendeu R$ 10 milhões aos cofres
municipais até agora.
A Prefeitura de Vespasiano
(MG) também confirmou a
contratação de um dos escritórios investigados pela PF, mas
informou que o ganho de causa
não se deve a irregularidades.
Em Divinópolis (MG), a administração municipal afirmou
que o prefeito recebeu representantes de um escritório investigado pela PF em 2005,
mas, orientado pelo setor jurídico, não contratou os serviços.
As prefeituras mineiras de
Timóteo, Rubim e Cachoeira
da Prata confirmaram as prisões dos prefeitos, mas afirmaram desconhecer as razões das
detenções.
A Prefeitura de Juiz de Fora
(MG) informou, em nota, que
vai esperar a conclusão das investigações para se pronunciar
sobre o assunto.
A chefia de gabinete da Prefeitura de Ervália (MG) negou
irregularidades.
A Folha procurou também
ontem as prefeituras mineiras
de Almenara, Minas Novas, Cachoeira da Prata e Salto da Divisa, mas ninguém foi encontrado para comentar o caso. A
reportagem também não conseguiu contatar integrantes das
prefeituras de Sobradinho e
Itabela, ambas na Bahia.
Outros envolvidos
A superintendência da Caixa
Econômica Federal em Minas
Gerais afirmou que não se pronunciará para não prejudicar as
investigações.
A Justiça Federal em Minas
informou, por meio da assessoria de imprensa, que desconhece as irregularidades apuradas
pela Polícia Federal e que não
sabe qual foi o juiz federal envolvido no caso.
O deputado estadual Dalmo
Ribeiro (PSDB-MG), que teve
um assessor detido ontem na
operação, negou envolvimento
com as suspeitas de irregularidade. De acordo com a assessoria do parlamentar, foram
apreendidas duas agendas na
sala de Soares na Assembléia
Legislativa.
(PABLO SOLANO e FELIPE BÄCHTOLD)
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