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ELEIÇÕES 2006 / ESTADOS
PFL disputa 7 governos e prioriza Congresso
Partido lança concorrentes ao Senado em 15 Estados e pretende eleger 90 deputados; três dos candidatos a governos buscam reeleição
A avaliação da sigla é que,
nos Estados onde disputará,
o cenário é desfavorável a
seus candidatos somente
em Goiás e no Amazonas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com uma estratégia distinta
dos demais principais partidos
políticos do país, o PFL optou
por lançar um número mínimo
de candidatos aos governos estaduais e decidiu priorizar a
eleição de grandes bancadas
para a Câmara e o Senado nas
eleições deste ano.
Os pefelistas disputarão o governo em apenas seis Estados
-MA, PE, BA, AM, GO e SE-,
além do Distrito Federal. Dessa
lista, três deles são candidatos à
reeleição: Paulo Souto (Bahia),
Mendonça Filho (Pernambuco) e João Alves (Sergipe).
O número de postulantes aos
governos estaduais é bastante
inferior ao de outras legendas
de peso como PT (18 candidatos próprios), PSDB (17) e
PMDB (16). Em relação ao Senado, o PFL só não lançou mais
nomes que o PDT (16), partido
que acabou engessado para fazer coligações estaduais em
função da candidatura de Cristovam Buarque à Presidência
da República.
A avaliação dos pefelistas é
de que, dos seis Estados em que
disputarão e no DF, o partido
só vai enfrentar cenários desfavoráveis em dois: em Goiás e no
Amazonas. Em Goiás, Demóstenes Torres (PFL) enfrentará
o atual governador Alcides Rodrigues (PP), que tem o apoio
do ex-governador Marconi Perillo (PSDB). No caso do Amazonas, o pefelista Amazonino
Mendes disputará com o atual
governador Eduardo Braga
(PMDB).
"Não tem ninguém que tenha
ido para fazer número", afirmou o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC).
"Foi uma estratégia estadual,
os Estados souberam compor
bem", completou.
Em contrapartida ao baixo
número de candidatos na disputa ao governo, a sigla lançou
15 nomes ao Senado e trabalha
com o prognóstico de eleger 90
deputados federais. Em 2002, o
partido elegeu 84 deputados.
Em 1998, o PFL elegeu a maior
bancada da Câmara, com 105
membros.
Atualmente, as maiores bancadas da Casa são do PT e do
PMDB, ambas com 81 deputados. O PFL tem 65 integrantes,
e o PSDB, 56.
Bornhausen disse ainda que
a lista de candidatos do PFL ao
Senado tem muitos "francos favoritos" e que ele acredita no
crescimento das candidaturas
de Eliseu Resende (MG) e de
Guilherme Afif Domingos (SP)
na esteira das campanhas dos
tucanos Aécio Neves e José
Serra, que disputarão os governos dos Estados de Minas Gerais e de São Paulo.
O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), disse
que acredita que, apesar de o
partido não ter conseguido
uma aliança nacional com nenhuma das grandes siglas, "o
PT tem mais capacidade de mobilização do que o PFL e o
PSDB juntos". Além disso, ele
afirmou ainda que espera que
partidos como PMDB, PL e
PSB apóiem majoritariamente
o PT nos Estados.
(SÍLVIO NAVARRO E FERNANDO RODRIGUES)
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