São Paulo, segunda-feira, 10 de julho de 2006

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ELEIÇÕES 2006 / ESTADOS

PFL disputa 7 governos e prioriza Congresso

Partido lança concorrentes ao Senado em 15 Estados e pretende eleger 90 deputados; três dos candidatos a governos buscam reeleição

A avaliação da sigla é que, nos Estados onde disputará, o cenário é desfavorável a seus candidatos somente em Goiás e no Amazonas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com uma estratégia distinta dos demais principais partidos políticos do país, o PFL optou por lançar um número mínimo de candidatos aos governos estaduais e decidiu priorizar a eleição de grandes bancadas para a Câmara e o Senado nas eleições deste ano.
Os pefelistas disputarão o governo em apenas seis Estados -MA, PE, BA, AM, GO e SE-, além do Distrito Federal. Dessa lista, três deles são candidatos à reeleição: Paulo Souto (Bahia), Mendonça Filho (Pernambuco) e João Alves (Sergipe).
O número de postulantes aos governos estaduais é bastante inferior ao de outras legendas de peso como PT (18 candidatos próprios), PSDB (17) e PMDB (16). Em relação ao Senado, o PFL só não lançou mais nomes que o PDT (16), partido que acabou engessado para fazer coligações estaduais em função da candidatura de Cristovam Buarque à Presidência da República.
A avaliação dos pefelistas é de que, dos seis Estados em que disputarão e no DF, o partido só vai enfrentar cenários desfavoráveis em dois: em Goiás e no Amazonas. Em Goiás, Demóstenes Torres (PFL) enfrentará o atual governador Alcides Rodrigues (PP), que tem o apoio do ex-governador Marconi Perillo (PSDB). No caso do Amazonas, o pefelista Amazonino Mendes disputará com o atual governador Eduardo Braga (PMDB).
"Não tem ninguém que tenha ido para fazer número", afirmou o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC). "Foi uma estratégia estadual, os Estados souberam compor bem", completou.
Em contrapartida ao baixo número de candidatos na disputa ao governo, a sigla lançou 15 nomes ao Senado e trabalha com o prognóstico de eleger 90 deputados federais. Em 2002, o partido elegeu 84 deputados. Em 1998, o PFL elegeu a maior bancada da Câmara, com 105 membros.
Atualmente, as maiores bancadas da Casa são do PT e do PMDB, ambas com 81 deputados. O PFL tem 65 integrantes, e o PSDB, 56.
Bornhausen disse ainda que a lista de candidatos do PFL ao Senado tem muitos "francos favoritos" e que ele acredita no crescimento das candidaturas de Eliseu Resende (MG) e de Guilherme Afif Domingos (SP) na esteira das campanhas dos tucanos Aécio Neves e José Serra, que disputarão os governos dos Estados de Minas Gerais e de São Paulo.
O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), disse que acredita que, apesar de o partido não ter conseguido uma aliança nacional com nenhuma das grandes siglas, "o PT tem mais capacidade de mobilização do que o PFL e o PSDB juntos". Além disso, ele afirmou ainda que espera que partidos como PMDB, PL e PSB apóiem majoritariamente o PT nos Estados. (SÍLVIO NAVARRO E FERNANDO RODRIGUES)


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