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RUMO A 2010
Ciro diz que aceita aliança com Maluf, mas não com Quércia
PEDRO DIAS LEITE
ENVIADO ESPECIAL AO GUARUJÁ
Possível candidato ao governo de São Paulo, o deputado federal Ciro Gomes disse (PSB-CE) ontem que uma
eventual aliança com o colega Paulo Maluf (PP-SP) não
afetaria "a hegemonia moral
e intelectual" de sua aliança.
"Não vou para uma aliança
com o Quércia, não vou. Ponto final", disse Ciro- hoje,
Quércia é aliado do governador José Serra. "Não vou
com Newton Cardoso, com
Jader Barbalho." E com Maluf? "Depende da hegemonia
moral e intelectual que se estabeleça, porque o PP não
tem hoje tamanho para alterar o centro de uma hegemonia moral e intelectual boa".
E citou Gramsci: "Faço aliança até com Satanás se for para fazer a obra de Deus".
No início da semana Maluf
disse que conversou com Ciro, que ontem revelou ter relação "extremamente cordial" com o ex-prefeito: "O
que pega é catapora; conversar não faz mal nenhum".
Ciro admitiu pela primeira
vez que pode transferir o título eleitoral para São Paulo
(condição para disputar o governo). Mas ressaltou: "Não
quer dizer, só este ato, que eu
seja candidato a governador.
Posso ser candidato a presidente tendo domicílio em
São Paulo".
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