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Publicitário ataca
Jefferson e diz que
ele faz chantagem
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Além do ex-ministro José
Dirceu, o publicitário Marcos
Valério centrou fogo ontem no
deputado Roberto Jefferson
(PTB-RJ), autor das denúncias
do esquema do "mensalão".
Disse que Jefferson é uma pessoa que "usa de chantagem e
intimida" e que o petebista planejava um esquema para drenar recursos do IRB (Instituto
de Resseguros do Brasil), então
chefiado pelo PTB.
Questionado sobre o que
pensava de Jefferson, Valério
afirmou que não daria um
"cheque em preto ou enlameado" a ele, em alusão à expressão "cheque em branco" que o
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva teria usado para retratar
sua confiança no deputado.
Por diversas vezes, Valério
repetiu que Jefferson não "merecia credibilidade", "construía
histórias" e que ele não "falaria
com o fígado" nem "destilaria
seu ódio" contra o petebista.
Ele também negou que tenha
se encontrado com Jefferson
para negociar recursos.
Sobre o suposto esquema do
IRB, o publicitário afirmou que
Jefferson teria pressionado o
tesoureiro do PTB, Emerson
Palmieri, do qual disse ser amigo, para desviar recursos por
meio do genro do petebista,
Marcos Vinicius. "[Tínhamos]
uma certa intimidade a ponto
de ele me contar que estava sofrendo uma pressão muito
grande do Roberto Jefferson
por causa de dinheiro", afirmou. Segundo Valério, Palmieri teria batido boca com Jefferson porque o petebista queria
que ele "fosse buscar um dinheiro que o genro dele tinha
arrumado dentro do IRB".
À CPI Valério também relatou um episódio no qual teria
ouvido Jefferson "aos brados"
com o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, durante uma reunião na sede do PT, em Brasília,
em março deste ano. O publicitário disse ter ouvido a conversa de outra sala do prédio.
Segundo Valério, ao voltar do
encontro com Jefferson, Delúbio, "branco como uma folha
de papel", disse que "teria problemas com Jefferson". Ele não
explicou que tipo de problemas, de acordo com o publicitário.
(SN, RB E LC)
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