DA AGÊNCIA FOLHA, EM BURITIS (RO)

Carlos Schumann, 53, atribuiu as mortes do seu segurança Rodrigo Steffani Rahagnani e dos trabalhadores rurais Devair Cordeiro Verbano, e seu filho, Evaldo Hilton Margoto Verbano, aos sem-terra ligados à LCP (Liga Camponesa dos Pobres). "Esses sem-terra são ladrões de madeira. Lá não tem sem-terra. É tudo bandido na região. Eles já queimaram uma casa minha e mataram um funcionário meu", disse.
Do ramo madeireiro em Vilhena (RO), Schumann disse ontem em entrevista à Agência Folha por telefone que vai comparecer à delegacia de Buritis para prestar depoimento assim que for convocado. O funcionário morto a que Schumann se refere é o ex-gerente da sua fazenda, João Sena. Ele foi assassinado no ano passado por um pistoleiro, segundo o delegado Eliseu Muller.
Sobre a acusação da polícia de que mantém segurança armados, Schumann afirmou que não tem gente armada na sua propriedade. "Eu mantenho o pessoal desarmado porque é melhor", disse.
Segundo a polícia, foi Schumann que comunicou a morte do segurança, fato que levantou suspeitas, já que eram ao todo três mortos no conflito. "Eu não sabia que havia outros mortos", disse. (KB)


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