São Paulo, domingo, 10 de outubro de 2004

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CURITIBA

Candidato que obteve 20,04% dos votos na capital, Rubens Bueno recebe telefonemas de Dirceu e FHC; anúncios de apoio saem na quarta

Caciques tucanos e petistas assediam PPS e PL

MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Depois de São Paulo, Curitiba é a capital que mais deve concentrar a atenção dos caciques petistas e tucanos no segundo turno. Os derrotados no 1º turno sofrem o assédio de cabos eleitorais nacionais de Ângelo Vanhoni (PT) e Beto Richa (PSDB), mas prometem manter o suspense até quarta-feira, quando o PPS e o PL anunciam que lado vão seguir.
O assédio cresce à medida que o suspense se arrasta. O ex-diretor de Administração da Itaipu Rubens Bueno (PPS) -que virou a "noiva" do 2º turno ao fazer 20,04%- é o mais procurado. Richa fez 35,06% dos votos, contra 31,18% de Vanhoni.
O petista já é o candidato do PMDB do governador Roberto Requião (PMDB), que indicou o vice, e Richa vem de uma aliança de 1º turno com o PSB e PDT.
Do lado do PT, Bueno recebeu telefonemas do ministro José Dirceu (Casa Civil) -que disse falar em nome do presidente Lula- e do presidente do partido, José Genoino, e na semana que passou dividiu a mesa no Palácio Iguaçu (sede do governo do PR) com Márcio Thomaz Bastos (Justiça).
Os telefonemas de tucanos para Bueno partiram do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e dos governadores Geraldo Alckmin (SP) e Aécio Neves (MG).
Os esforços podem render um "empate", com a independência do PPS. Na sexta, a maioria da executiva pendia para o tucano, mas o presidente municipal, deputado estadual Marcos Isfer, antecipava que trabalhará pelo PT.
O PPS cresceu na região metropolitana de Curitiba: elegeu quatro vereadores (tinha um) e sai de um para cinco prefeitos nas cidades próximas. A bancada petista encolheu em Curitiba: de seis para três vereadores. Bueno diz que pretende seguir a maioria. Afirma: o PPS "não faz conchavos nem discute cargos".
As conversas com Bueno começaram com o cumprimento do adversário, governador Requião, no domingo da eleição. Bueno dirige o PPS do Estado, é secretário-geral na executiva nacional e integra o grupo do presidente do partido, deputado Roberto Freire.
O PL também era incógnita até ontem. O partido dirá na quarta quem apoiará (o candidato liberal Mauro Moraes teve 4,73% dos votos). A cúpula nacional estaria agindo para repetir a aliança nacional. No cenário de hoje, Richa leva vantagem sobre Vanhoni. O PFL anunciou apoio na sexta .


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