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ACM afirma que desconfiava de bens de amigo
RAQUEL ULHÔA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), disse que sempre desconfiou do padrão de vida do amigo Rubens Gallerani.
Mesmo suspeitando de que o
patrimônio dele era incompatível com o salário de chefe da representação da Bahia em Brasília, ACM disse nunca ter investigado a vida de Gallerani nem
tê-lo afastado do seu convívio.
"Não me meto na vida pessoal de ninguém. Os sinais de
que seu patrimônio não era
compatível com o salário não
me davam a certeza que tenho
hoje", disse ACM, sobre a reportagem publicada ontem pelo jornal "Correio Braziliense".
A reportagem levanta suspeitas de que o amigo de ACM
enriqueceu de forma ilícita nos
cerca de 20 anos de convivência
com o senador.
ACM disse ter ficado "surpreso" com a relação de bens
de Gallerani, que incluiu imóveis, duas lanchas, uma Mercedes-Benz e outros automóveis.
"Achei muito estranho que ele
tenha esses bens, porque ele
não ganhou para isso."
Segundo ACM, eles não tinham "intimidade". Gallerani
foi seu assessor no Ministério
das Comunicações e era companhia constante. "Ele é meu
amigo, mas não conheço a vida
dele e nunca fui à casa dele."
ACM informou que o amigo
foi demitido pelo governador
César Borges. Disse também
que foi aberto inquérito na procuradoria do governo baiano
para investigar as denúncias.
Jader Barbalho (PMDB-PA),
opositor de ACM no Senado,
não comentou as denúncias.
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