São Paulo, sexta-feira, 10 de novembro de 2000

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ACM afirma que desconfiava de bens de amigo

RAQUEL ULHÔA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), disse que sempre desconfiou do padrão de vida do amigo Rubens Gallerani.
Mesmo suspeitando de que o patrimônio dele era incompatível com o salário de chefe da representação da Bahia em Brasília, ACM disse nunca ter investigado a vida de Gallerani nem tê-lo afastado do seu convívio.
"Não me meto na vida pessoal de ninguém. Os sinais de que seu patrimônio não era compatível com o salário não me davam a certeza que tenho hoje", disse ACM, sobre a reportagem publicada ontem pelo jornal "Correio Braziliense".
A reportagem levanta suspeitas de que o amigo de ACM enriqueceu de forma ilícita nos cerca de 20 anos de convivência com o senador.
ACM disse ter ficado "surpreso" com a relação de bens de Gallerani, que incluiu imóveis, duas lanchas, uma Mercedes-Benz e outros automóveis. "Achei muito estranho que ele tenha esses bens, porque ele não ganhou para isso."
Segundo ACM, eles não tinham "intimidade". Gallerani foi seu assessor no Ministério das Comunicações e era companhia constante. "Ele é meu amigo, mas não conheço a vida dele e nunca fui à casa dele."
ACM informou que o amigo foi demitido pelo governador César Borges. Disse também que foi aberto inquérito na procuradoria do governo baiano para investigar as denúncias.
Jader Barbalho (PMDB-PA), opositor de ACM no Senado, não comentou as denúncias.


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