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São Paulo, segunda-feira, 10 de novembro de 2003

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OPERAÇÃO ANACONDA

Para cúpula do governo, apuração não afeta Ciro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Por ora, não há nada que comprometa o ministro Ciro Gomes (Integração Nacional). E a Polícia Federal não deverá pôr o ex-candidato à Presidência ou pessoas ligadas a ele no centro das investigações da Operação Anaconda.
Segundo apurou a Folha, essa é a primeira avaliação da cúpula do governo sobre a revelação, feita ontem pelo jornal, de que um agente federal tentou obter dados da PF em 2002 para repassá-los a Ciro, então candidato do PPS ao Palácio do Planalto.
Citações do nome de Ciro apareceram três vezes num relatório secreto da PF, de 9 de junho de 2003, sobre a quadrilha investigada pela Operação Anaconda.
Quem mencionou Ciro foi o policial feral César Herman Rodriguez. Em diálogos gravados pela PF, ele disse, em 2 de setembro de 2002, que se reuniria com um irmão do então candidato. Semanas depois, o agente disse que reuniria com o próprio Ciro para tratar supostamente de informações contra o governo Fernando Henrique Cardoso.
O resultado das investigações sugere que Ciro e Rodriguez tratavam de apuração da PF sobre desvios na Funcef, o fundo de pensão da Caixa Econômica Federal. Na campanha, Ciro acusou o governo FHC de tentar favorecer o então candidato tucano à Presidência, José Serra.
O ministro disse, por meio da assessoria, que nunca teve contato com o agente federal. Segundo a assessoria, Lucio Gomes, irmão de Ciro, também não conhece Rodriguez.



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