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OPERAÇÃO ANACONDA
Para cúpula do governo, apuração não afeta Ciro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Por ora, não há nada que comprometa o ministro Ciro Gomes
(Integração Nacional). E a Polícia
Federal não deverá pôr o ex-candidato à Presidência ou pessoas ligadas a ele no centro das investigações da Operação Anaconda.
Segundo apurou a Folha, essa é
a primeira avaliação da cúpula do
governo sobre a revelação, feita
ontem pelo jornal, de que um
agente federal tentou obter dados
da PF em 2002 para repassá-los a
Ciro, então candidato do PPS ao
Palácio do Planalto.
Citações do nome de Ciro apareceram três vezes num relatório
secreto da PF, de 9 de junho de
2003, sobre a quadrilha investigada pela Operação Anaconda.
Quem mencionou Ciro foi o policial feral César Herman Rodriguez. Em diálogos gravados pela
PF, ele disse, em 2 de setembro de
2002, que se reuniria com um irmão do então candidato. Semanas depois, o agente disse que
reuniria com o próprio Ciro para
tratar supostamente de informações contra o governo Fernando
Henrique Cardoso.
O resultado das investigações
sugere que Ciro e Rodriguez tratavam de apuração da PF sobre
desvios na Funcef, o fundo de
pensão da Caixa Econômica Federal. Na campanha, Ciro acusou
o governo FHC de tentar favorecer o então candidato tucano à
Presidência, José Serra.
O ministro disse, por meio da
assessoria, que nunca teve contato com o agente federal. Segundo
a assessoria, Lucio Gomes, irmão
de Ciro, também não conhece Rodriguez.
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