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Novos dirigentes vão administrar R$ 70 bi
DA REDAÇÃO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Nas mãos de ex-sindicalistas
apoiados ou tutelados pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva também estão as presidências dos
dois maiores fundos de pensão do
Brasil: A Previ (Banco do Brasil) e
a Petros (Petrobras). Juntas, as
duas entidades detêm um patrimônio de mais de R$ 70 bilhões.
Sérgio Ricardo Rosa, ex-diretor
do Sindicato dos Bancários de São
Paulo, Osasco e Região, é presidente da diretoria executiva da
Previ. O atual diretor de Administração da entidade, Francisco Ferreira, foi diretor do Sindicato dos
Bancários de Alagoas.
A Previ é o maior fundo de pensão da América Latina. Seus ativos somam R$ 51,8 bilhões, segundo dados da Secretaria de Previdência Complementar.
Na Petros, o presidente, Wagner Pinheiro de Oliveira, e dois diretores -Maurício Rubem e Sérgio Queirós Lyra- são oriundos
do mundo sindical.
Em entrevista à Folha em setembro do ano passado, o sociólogo Francisco de Oliveira (um
dos maiores críticos do governo
Lula e que deixou o PT no final de
2003) classificou os novos dirigentes dos fundos de pensão como "a elite do sindicalismo brasileiro". Para Oliveira, eles são uma
"nova classe social". "Não são
burgueses propriamente, porque
eles não têm a propriedade nem
são gestores das empresas privadas. Eles estão no ponto crucial,
onde o capital privado busca recursos para acumular."
O sociólogo diz que o surgimento dessa "nova classe" explica as
mudanças ideológicas do PT. "A
fração sindicalista [que administra os fundos] ganhou predominância dentro do PT e fundiu-se
com a fração de origem política.
Eles influenciam o partido."
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