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SAIBA MAIS
Programa surgiu com JK; Geisel assinou acordo
DA REDAÇÃO
O programa nuclear brasileiro começou em outubro
de 1956, quando o presidente Juscelino Kubitschek
criou a Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear).
Em 1960, Juscelino estuda
a construção de uma usina
nuclear em Angra dos Reis
(RJ), mas o projeto não sai
do papel. Em agosto de 1962,
o governo João Goulart estabeleceu o monopólio estatal
sobre os minérios nucleares.
Em 1967, o presidente Costa e Silva cria o Programa
Nuclear Brasileiro. Em março de 1970, o governo Emílio
Médici anuncia que Angra
dos Reis (RJ) foi escolhida
para abrigar uma usina nuclear e, em 1971, aprova a
proposta da Westinghouse
(EUA). Orçada em US$ 308
milhões, Angra 1 começa a
ser erguida em 1972. Entra
em operação em 1982, após
consumir US$ 2 bilhões.
O acordo com a Westinghouse não transferia tecnologia para o país. Essa iniciativa foi objeto de muitos debates, que motivaram uma
mudança de orientação. Em
dezembro de 1974, já no governo Ernesto Geisel, é criada a Nuclebrás e, em junho
de 1975, o país assina o acordo nuclear com a Alemanha.
Mas os custos do programa eram muito elevados.
Em 1988, o governo José Sarney extingue a Nuclebrás e
transfere a construção de
Angra 2 e Angra 3 para Furnas. Angra 2 só começa a
operar em julho de 2000.
Esses insucessos levaram a
Marinha, em 1979, a iniciar o
Programa Nuclear Autônomo (ou "Paralelo"), desenvolvido, a partir de 1981, no
Instituto de Pesquisas Nucleares, em São Paulo.
Em 1986 são descobertas
instalações nucleares na Serra do Cachimbo, no Pará
-incluindo um poço para
testar armas nucleares. Em
1987, Sarney anuncia que a
Cnen já domina o processo
de enriquecimento do urânio, que torna o país apto a
fabricar a bomba atômica,
mas assegura que o programa brasileiro é pacífico. A
Constituição de 1988 define
que toda atividade nuclear
no Brasil terá fins pacíficos.
Em 1990, no governo Fernando Collor, o poço na Serra do Cachimbo é fechado.
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